Segunda-Feira, 27 de Fevereiro de 2023, 11h05
CHOCANTE
Idoso que matou criança envenenada com chocolate morre e não será julgado nesta 3ª
Adônis faleceu em 2020, mas morte só veio a tona agora
JAD LARANJEIRA
Da Redação
O idoso Adônis José Negri, um zelador de 73 anos preso por ter envenenado achocolatados e provocado à morte de um menino de dois anos, morreu. O falecimento ocorreu em 2020, mas a notícia só veio a público agora.
O crime aconteceu em 2016, em Cuiabá. O veneno foi colocado pelo idoso no achocolatado para se vingar de um assaltante que estava furtando sua casa e comendo alimentos de sua geladeira.
O caso comoveu o País naquele ano e lotes da marca do achocolatado chegaram a ser confiscados. Adônis seria julgado pelo júri popular pelo crime, que chegou a ser marcado pelo Poder Judiciário recentemente para acontecer nesta terça-feira (28). Com o conhecimento da morte, o processo que o idoso respondia será extinguido.
De acordo com o advogado Raul Brandão, que fazia a defesa do idoso, ele tinha câncer e estava em tratamento. O idoso morreu logo no início da pandemia pela Covid-19, no dia 21 de março.
Na certidão de óbito ao qual o FOLHAMAX teve acesso, consta que Adônis morreu no Hospital no dia 21 de março, no Hospital Júlio Muller, na capital. Ele foi sepultado no Cemitério de Sorriso.
Ele ainda deixou duas filhas. Adônis chegou a ficar preso pelo crime, mas foi solto pouco tempo depois, após o Poder Judiciário revogar sua prisão preventiva.
Ele foi autuado por homicídio qualificado com emprego de veneno, após tentar se vingar do ladrão Deuel de Rezende Soares, 27, que invadia constantemente seu comércio para furtar produtos alimentares. Adônis envenenou o achocolatado, mas ao invés de consumir o produto, o ladrão acabou o vendendo para o pai da criança R.C.S.S, que acabou morrendo envenenada.
O laudo toxicológico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), realizado pela Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense, deu positivo para envenenamento nas amostras de achocolatado encaminhadas pela PJC e no material biológico da criança que morreu após ingerir a bebida. O exame pericial detectou a presença da substância Carbofurano nas cinco caixas de achocolatados de duas marcas diferentes.
A substância é o princípio ativo encontrado em pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras, e comumente aplicado como veneno de rato. A técnica utilizada pelos peritos foi a Cromatografia Gasosa e Espectrometria de Massas.
Após a descoberta do caso, policiais conseguiram aval da Justiça para prender Adônis e Deuel. O idoso cumpriu prisão temporária no Centro de Custódia de Cuiabá.
No período que passou dentro da prisão, o comerciante se inscreveu num curso de azulejista na unidade, mesmo local onde estavam detidos à época o exgovernador Silval Barbosa, e os ex-secretários Marcel de Cursi, Sílvio César Correa e ainda o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima.
O meu no seu | 27/02/2023 19:07:28
A reportagem deveria rever o texto não foi o idoso que matou a vÃtima, mas sim quem roubou o produto e vendeu pra famÃlia no meu viver também tem culpa por comprar produtos ilÃcitos. Mas enfim é o Brasil dos hipócritas
Daniel | 27/02/2023 11:11:43
Lembro dessa notÃcia, fiquei muito triste na época com a morte da criança. Mas colocar a culpa nas costa dela foi pra mim uma inversão total. Um cidadão de bem, cansado de ser roubado, tomada essa medida extrema. Mas o cara que fazia os roubos saiu dessa situação como uma vÃtima. Reforçando, lamento pela morte da criança, mas para o ladrão isso foi a pena mais dura que ele vai carregar, a morte de um inocente devido ao seu crime.
Paulo | 27/02/2023 11:11:03
O processo não será EXTINGUIDO, será EXTINTO.
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