Política

Quinta-Feira, 17 de Maio de 2018, 09h58

GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Juiz barra ida de coronel a casamento da sobrinho

Acusado de liderar esquema dos grampos, Zaqueu Barbosa está impedido de sair de casa a noite

ARTHUR SANTOS SILVA

Gazeta Digital

 

Gerardo Humberto Alves Silva Junior, juiz de direito em substituição legal na Vara de Justiça Militar em Cuiabá, negou pedido do coronel PM Zaqueu Barbosa, que tentava ser liberado para comparecer à cerimônia e recepção de casamento de sua sobrinha, de quem seria padrinho, no próximo dia 19. Zaqueu é réu por um esquema de grampos.

Examinando o caso, o magistrado notou que Zaqueu Barbosa está submetido a medida cautela substitutiva à prisão. O militar é obrigado a se recolher em sua casa no período noturno (entre 20h e 06h) e nos finais de semana e feriados de forma integral.

Em sua decisão, negando o privilégio, Gerardo considerou que a medida cautelar inviabiliza o comparecimento à suposta cerimônia e recepção de casamento. “O pretendido comparecimento à cerimônia de casamento não é medida que encontra respaldo, já que resulta em tratamento privilegiado que não deve ser admitido”, afirmou o juiz.

“O acolhimento do pedido poderia dar ensejo à semelhantes pedidos pelos demais corréus que se encontram na mesma situação de liberdade restrita”, complementou o magistrado.

O caso

No processo conhecido como grampolândia pantaneira, são réus os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio de 2017 que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.

A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.

O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.

Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

 

Comentários (8)

  • Cuiabano |  17/05/2018 13:01:53

    Pelo menos não foi preso por roubo do cofre público

  • NUNCA SERà|  17/05/2018 12:12:16

    Se tivesse roubado, enfiado dinheiro em caixas, nos bolsos, pego propina de empresa, estava solto gastando o dinheiro roubado, com a bênção da justiça e rindo da cara desses imbecís que acham que sabem tudo e postam merda. Não roubou e não paga mídia, não paga juiz. Viu, se for cometer crime, melhor roubar milhões ou matar alguém. Não faça grampo sem autorização. kkkkk

  • SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL CONCURSADO |  17/05/2018 11:11:49

    TEM QUE VOLTAR PARA A CADEIA ESSE E OUTROS COMO AQUELE DA PERSONAL PUXA SACO DE EX PRIMEIRA DAMA.

  • Rui  |  17/05/2018 11:11:27

    Se tivesse roubado, enfiado dinheiro em caixas, nos bolsos, pego propina de empresa, estava solto gastando o dinheiro roubado, com a bênção da justiça e rindo da cara desses imbecís que acham que sabem tudo e postam merda. Não roubou e não paga mídia. Este é o Brazilllll

  • Indignado  |  17/05/2018 10:10:42

    Daqui a pouco surgem novos pedidos para ir ao barzinho ...

  • Benedita  |  17/05/2018 10:10:37

    Dúvidas se ele não vai?kkkkkkk

  • Indignado  |  17/05/2018 10:10:31

    Daqui a pouco surgem novos pedidos para ir ao barzinho ...

  • Carlos Benitez |  17/05/2018 10:10:08

    ESSE VAGABUNDO TINHA QUE ESTAR PRESO JUNTO COM O RESTO DA QUADRILHA INCLUINDO TAQUES...

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