Política

Quarta-Feira, 01 de Julho de 2015, 21h55

OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO

Juíza vê indução ao erro de deputado do PMDB

GAZETA DIGITAL

 

O deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) afirma que a autorização para a Assembleia Legislativa realizar o pagamento de R$ 9 milhões ao advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo foi embasada em parecer jurídico da Procuradoria da Casa. O peemedebista exercia a presidência do Legislativo entre 2013 e 2014, período no qual a transferência dos valores foi efetuada.

Em depoimento ao Ministério Público do Estado (MPE), ele afirmou que todas as negociaçoes foram “efetivamente travadas” pelo ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), o que levou a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal, a supor que Romoaldo tenha sido induzido ao erro por ação dos envolvidos no esquema, no qual são investigadas práticas de peculato, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Romoaldo substituiu José Riva, que estava afastado das funções administrativas à época, por determinação judicial. "É possível que o então Presidente da Assembléia Legislativa tenha sido induzido a erro pela ação dos demais", diz a magistrada. 

Riva foi preso nesta quarta-feira (1), em decorrência da Operação Ventríloquo, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), com base em delação premiada feita pelo próprio advogado Joaquim Mielli.

Romoaldo afirma que quando assumiu o cargo, o processo referente ao pagamento da dívida da Assembleia com o banco Bamerindus já estava na Casa. O antigo Banco Bamerindus, hoje HSBC, efetuou empréstimos para servidores da Assembleia na década de 90, mas os valores não foram transferidos ao banco pela Mesa Diretora, ainda sob o comando do ex-deputado José Riva.

Após o banco entrar na Justiça, Riva fechou um acordo e assumiu o pagamento devolvendo metade cerca de R$ 5 milhões. Os valores foram transferidos para contas determinadas por Riva. Na tentativa de legalizar as transações financeiras, teria usado contas bancárias de outras pessoas físicas e jurídicas para receber depósitos do advogado Joaquim Mielli. Segundo informações levantadas, factorings também teriam recebido depósitos em valores altíssimos.

Comentários (5)

  • Inara Silva |  02/07/2015 11:11:33

    E mesmo que não tivesse sido induzido a erro, a juíza assim teria entendido porque o problema dela é com o Riva, isso já é mais claro do que o dia. Talvez um amor mal resolvido... um pedido não atendido... sabe-se lá....

  • airton |  02/07/2015 09:09:38

    Quanta ingenuidade de um deputado presidente da assembleia,imagine nos pobres mortais, cadê o juridico desta casa se assinou e não leu é cumprisse, pois um valor irrisório desses paga se todo o dia né???

  • cuiabano |  02/07/2015 08:08:48

    Tem um ditado fortíssimo que minha mãe sempre me falou! "Cara não nega"

  • São Lucas  |  02/07/2015 08:08:12

    Fala sério sr. Romoaldo induzir a erro, vc não é santo não

  • Antônio Homero |  01/07/2015 23:11:21

    Induzir a erro

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