Apesar de nada ter sido divulgado oficialmente, a base do governo do Estado já fechou a chapa que disputará as eleições de outubro. Os detalhes da formação da provável formação da chapa governista foram relatados ao FOLHAMAX por fontes que acompanharam de perto todas as negociações partidárias conduzidas nas últimas semanas.

Pelo amplo acordo, o juiz federal Julier Sebastião da Silva vai se filiar ao PMDB no dia 2 de abril. O magistrado ingressa na legenda com a condição de pré-candidato ao governo de Mato Grosso. A filiação será feita num grande evento partidário que contará com a presença do presidente nacional do partido, senador Valdir Raup (RO), e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

O candidato a vice-governador será o ex-vereador por dois mandatos e candidato derrotado a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT). Desde a última semana, Lúdio tem se articulado para ser o candidato do grupo ao Governo. Todavia, ele recuou com o objetivo de manter a unidade do grupo e garantir o palanque único a reeleição da presidente Dilma Roussef (PT) em Mato Grosso.

O deputado federal Wellington Fagundes (PR) será o candidato a senador da base aliada. O primeiro suplente será o mega-empresário Eraí Maggi (PP), primo do senador Blairo Maggi (PR). Uma mudança na legislação eleitoral no ano passado definiu que a partir de 2014, não haverá o cargo de segundo suplente de senador.

Partido importante na base aliada, o PSD terá como missão coordenar as chapas proporcionais. A missão do partido é fazer com que os aliados do governador Silval Barbosa ampliem a bancada na Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Discurso

Julier será candidato a governador do Estado com a missão de defender o legado da gestão Silval Barbosa, principalmente em relação as obras da Copa do Mundo, em Cuiabá e Várzea Grande, e do programa MT Integrado, que interligará por asfalto 44 municípios a capital do Estado.

Além disso, a escolha do magistrado serve para combater o discurso de ética e honestidade na política, principal bandeira do adversário da oposição, o senador Pedro Taques (PDT), desde as eleições de 2010. O juiz  federal foi, ao lado de Taques, que era procurador da República, um dos líderes no combate ao crime organizado do Estado. O juiz foi quem liberou os mandados de busca e apreensão que culminou com a Operação Arca de Noé, em 2002, e ainda foi responsável em mandar para a cadeia o bicheiro João Arcanjo Ribeiro aplicando severas punições nos processos que tramitaram na Justiça Federal.

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