Apesar de ter refirmado em inúmeras ocasiões que não iria discutir as eleições municiais de 2024 publicamente, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) confirmou que tentará uma aliança com PSD, do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Ele também admitiu que o atual vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV) será uma “pedra no sapato” do Partido dos Trabalhadores para a formação do grupo para disputar a prefeitura de Cuiabá, em 2024. 

Lúdio é contra o PT estar ao lado do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). “A Federação, na minha opinião, é um problema. Eu defendo que o PT se posicione no campo da mudança. A população quer mudança na forma que Cuiabá é governada. O PT tem esse dever, só que estamos em uma federação que o PV e o vice-prefeito da capital. Essa equação precisa ser resolvida, não sei como, mas precisa”, opinou.

De acordo com o petista, é incoerente que o partido se posicione em oposição à atuação gestão se possui laços com Stopa. Por isso, na opinião dele, a sigla deve buscar meios para se desvencilhar do vice-prefeito e do “Pinheirismo”.

Lúdio avaliou que a única alternativa para seguir com o PV, seria se a agremiação fizesse uma severa autocrítica. “Como estaremos na mudança, se estamos em uma Federação que também está o PV e o vice-prefeito? A não ser que o PV faça uma autocritica da administração. É uma equação que precisa ser superada”, indagou.

O PT, PC do B e PV fazem parte da Federação Brasil da Esperança (FE Brasil). O candidato para o pleito municipal deverá ser escolhido em consenso entre as três agremiações.

No entanto, para não ficarem desamparados, o petista explicou que o objetivo é buscar outras alianças, de preferência com o mesmo “lado” que ocupa o governo federal. “Precisamos buscar um arco amplo de aliança, que esteja sintonizado com a aliança que governa o país. Então, temos que estabelecer diálogo com outros partidos como o Partido Social Democrático (PSD), que tem o ministro Carlos Fávaro”, concluiu.

Para encerrar o assunto, Lúdio justificou a escolha de não querer falar disputa pelo Alencastro no ano que vem. Segundo ele, o foco é terminar o mandato como deputado e comandar os trabalhos na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, na qual ele preside.

O petista ainda afirmou que em Mato Grosso, não existe uma área que tenha mais problemas quanto a Saúde. “Eu sou presidente da Comissão de Saúde da Assembleia e não tem uma área onde haja mais problemas do que a saúde em todo o Estado. Há, também, um conflito de natureza política, pessoal e visceral entre o governador Mauro Mendes e o prefeito Emanuel Pinheiro, que contribui para essa situação de dificuldades na saúde pública. Eu não posso me deixar contaminar por essa disputa porque comprometeria o papel que a comissão tem. Eu tenho tido o cuidado de não me posicionar e não me apresentar para a disputa agora. Por isso vamos discutir em 2024 quando o calendário for aberto”, reiterou dando sinais que disputará Alencastro.