Principal articulador da campanha do senador Pedro Taques ao governo do Estado, o presidente do diretório estadual do PSB, prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, afirmou que não vê constrangimento algum do pedetista se aliar ao PP, comandado a mão de ferro até pouco tempo pelo ex-deputado federal Pedro Henry, condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 7 anos e 2 meses de prisão em regime semi-aberto por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no processo do mensalão.

Ex-procurador da República, Taques protagonizou fortes embates públicos com Henry ao entrar na política em 2010. Henry acusou Taques de influenciar órgãos de investigação como o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal para prejudicar adversários políticos, como na Operação Jurupari, deflagrada em maio de 2010 para combater crimes ambientais. Por outro lado, Taques respondia as acusações afirmando que Henry já estaria preso em países sérios. 
Embora reconheça todo o embate, Mendes minimiza e ressalta a importância do PP no cenário político. “Qualquer partido que se preze é maior do que a ação de seus membros. O Pedro Taques nunca combateu o PP, mas as pessoas e as idéias que eles representam. O partido existe no cenário político e como qualquer outro merece respeito para ser convocado ao diálogo das composições eleitorais”, disse. 

Um dos filiados de peso do PP é o primo do senador Blairo Maggi (PR), megaprodutor rural Eraí Maggi. Embora tenha sido inicialmente lançado como pré-candidato ao governo de Mato Grosso, Eraí trabalha com a possibilidade de ser suplente de senador, conforme apurado nos bastidores. O PR é outro partido assediado para ingressar na aliança pró-Taques.

A pré-candidatura do senador Pedro Taques ao governo de Mato Grosso está programada para ocorrer até o final do mês em um evento em conjunto dos partidos que compõem o Movimento Mato Grosso Muito Mais, composto pelo PSB-PDT-PPS-PV-PSDB-DEM.