Política

Sexta-Feira, 12 de Fevereiro de 2021, 18h02

GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

MPE quer acesso a investigação e ameaça pedir busca e apreensão em delegada de MT

Órgão afirma que autos de investigação estão há quase 2 anos com Ana Cristina Feldner

Da Redação

 

O Ministério Público do Estado (MPMT) entrou com uma petição no Poder Judiciário Estadual exigindo que a delegada da Polícia Judiciária Civil (PJC), Ana Cristina Feldner, “devolva” os autos de investigação da “Grampolândia”. Feldner presidiu inquéritos policiais que apuraram a prática de escutas telefônicas ilegais no Estado. 

O MPMT afirma que “nenhum caderno investigativo” retornou ao órgão em quase dois anos e que procedimentos investigatórios envolvendo civis suspeitos da prática precisam de conclusão. O órgão ministerial pede ainda que caso Feldner se recuse a “devolver” os autos, que a Justiça autorize o cumprimento de mandados de busca e apreensão.

“O fato é que há quase dois anos nenhum caderno investigativo retornou com vistas ao ministério público, ou seja, todos os elementos de convicção colhidos em inquéritos policiais estão ao largo do órgão ministerial. Durante todo este interstício a atuação ministerial ficou limitada a “expedir ofícios” para verificar como estavam os andamentos dos feitos, haja vista que – a despeito das inúmeras solicitações dos cadernos investigativos – os autos nunca mais aportaram neste órgão de execução para fiscalização constitucional”, diz trecho da petição.

O pano de fundo do pedido do MPMT é uma disputa que vem sendo travada desde 2017, quando os grampos ilegais vieram à tona, entre o Poder Executivo e Judiciário de Mato Grosso (incluindo aqui o MPMT). Os três entes protagonizam um “jogo de empurra” para responsabilizar os agentes por trás do esquema de escutas que estava ativo em Mato Grosso desde pelo menos 2014.

No entanto, em todos estes órgãos – Poder Executivo, Judiciário e MPMT -, há a participação comprovada de agentes de cada uma destas instâncias do Poder Público de Mato Grosso (promotores de justiça, juízes, policiais militares e civis etc).

“A descabida tentativa de restringir a atuação ministerial na persecução penal (exercendo apenas a função de custus legis), acrescida de atos investigativos praticados pelo juízo de primeiro piso no curso de inquérito policial, pode resultar em prejuízos consideráveis a todos os procedimentos relacionados aos fatos em apuração e respectivos desdobramentos”, defende o MPMT.

O órgão ministerial pede o inquérito policial das interceptações clandestinas realizadas a partir da Casa Militar, o inquérito envolvendo suposta usurpação de função pública do ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, além dos supostos crimes de tentativa de obstrução à Justiça, identificado na operação “Esdras”, que envolve policiais militares de alta patente no Estado, bem como Paulo Taques, ex-Chefe da Casa Civil, e primo do ex-governador Pedro Taques.

 

Comentários (11)

  • Tavarez |  13/02/2021 12:12:30

    É COMPETÊNCIA DA CORREGEDORIA DE JUSTIÇA JULGAR, NÃO DO MP! SÓ FALTAVA ESSA! CADÊ O POVO SÉRIO DESSE ESTADO, GENTE?

  • Vendo iPhone |  13/02/2021 11:11:45

    Só sobrou para PM, o MP que parece estar atolado até o pescoço nesse crime, faz de conta que é o paladino da moralidade. Nós poupem senhores santidades promotores, a população não é burra.

  • Hilton |  13/02/2021 11:11:11

    É... Com a casa do Dallagnol e Moro caindo....a turma daqui dez a mesma coisa ou pior porque tem grampolandia, barriga de aluguel e muito mais. Quem tem... Tem medo... O povo espera punição de quem é pago por nós para cumprir e fazer cumprir a lei e ao invés disso, comete crimes!!!

  • Xisto |  13/02/2021 10:10:41

    Justo já! Os mandantes lá de cima e envolvidos devem ser punidos, independente de ser amigo, da mesma classe, instituição. Não importa. Estão zombando na cara da população.

  • Denis |  13/02/2021 07:07:29

    Veterano de guerra falou tudo. Não foram punidos os mandantes e pessoas da lei que se envolveram nesses crimes. A população matogrossense não acredita mais no judiciário, MP e polícia. Escolhem a quem perseguir. Vocês está destruindo MT assim.

  • Fernanda |  12/02/2021 21:09:48

    Acredito que nesses casos a corregedoria da policia civil tem que tomar providências urgentes, pode ser caso de improbidade administrativa.

  • regio |  12/02/2021 20:08:53

    essa t.:u.:r.:m.:a.: dos postinhos BR das avenidas miguel $util da vida pegam pesado mesmo delegada, mas continue no foco!!!!

  • SOCRATES |  12/02/2021 20:08:51

    Teve que ser uma mulher pra botar esse MP no lugar deles! PARABÉNS, mas mtooooooo PARABÉNS, essa turma do MP topou no farpado agora ! Se depender do MP eles escondem tudo sobre a GRAMPOLANDIA, PRECATÓRIOS, e SUAS MTAS FERIAS e VARIAS VERBAS INDENIZATÓRIAS, gostam mesmo de CELULAR do mais caro, mas achei foi bom que toparam com uma DELEGADA com SANGUE NOS ZOIO ! E lindo ver um FRANCISCO sentindo o que é ser um XICO, pau neles.

  • Tavarez |  12/02/2021 20:08:44

    Absurdo! A corregedoria que tem que averiguar. O MPE está envolvido na grampolandia de acordo com depoimentos. A população não aceitará isso ou impunidade!

  • Veterano de guerra  |  12/02/2021 19:07:00

    Lamentável esse caso só ter fisgado peixes pequenos ;ficando aos órgãos responsáveis por esse caso infame e grave,chegar aos funcionários públicos da PJC,Juízes,promotores e ao tubarão mor! Infelizmente o culpado foi o cabo!

  • Klaus |  12/02/2021 18:06:03

    O MP está envolvido nas escutas? Se sim, como ter acesso aos autos? Isso é absurdo. Esses crimes em MT fã grampolandia tem que ser punida exemplarmente

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