Quarta-Feira, 16 de Outubro de 2019, 11h45
OPERAÇÃO ARARATH
MPE recebe delação de ex-diretor de banco; novas operações "à vista"
Luiz Carlos Cuzziol delatou crimes financeiros de até R$ 500 milhões no Estado
Da Redação
A delação premiada do ex-superintendente do Bic Banco – instituição que estaria envolvida em crimes contra o sistema financeiro nacional, da ordem de R$ 500 milhões -, Luiz Carlos Cuzziol, teria sido compartilhada com o Ministério Público Estadual (MP-MT). O órgão deve ser responsável por instaurar ações cíveis por improbidade administrativa contra os delatados.
Cuzziol firmou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da operação “Ararath”, que apura o esquema de R$ 500 milhões. Num de seus depoimentos, ele revelou que entre “20 ou 30” empresas teriam sido beneficiadas com uma das fraudes investigadas – que consistia na concessão de empréstimos pelo Bic Banco utilizando como garantia créditos inexistentes com o Governo de Mato Grosso.
O ex-secretário de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), Eder de Moraes, também estaria envolvido na fraude. “Nesse intermédio, o Eder esteve no banco, sentou com o Antonio Eduardo, que era o superintendente, e após a saída do Eder o superintendente chamou os gerentes, e falou: ‘estou com uma relação aqui’. Não sei se era 20 ou 30 empresas. Empresa, telefone, contato, CNPJ e valores. Valores que ia ser operacionalizado com essas empresas”, revelou Cuzziol.
Cuzziol também apontou que o “prestígio” de Blairo Maggi – um empresário bilionário do agronegócio, ex-governador de Mato Grosso -, também viabilizou os empréstimos que apresentavam como garantia créditos fictícios do Poder Executivo Estadual.
No âmbito do MP-MT, as informações prestados pelo ex-superintendente do Bic Banco podem desencadear novas operações das forças de segurança em Mato Grosso.
R$ 12 MILHÕES
Informações do MPF relatam que Eder de Moraes foi denunciado em conjunto com o então Luis Carlos Cuzziol. De acordo com a denúncia, as provas recolhidas durante a operação “Ararath” apontam que foram praticadas diversas operações ilícitas de empréstimos bancários, totalizando aproximadamente R$ 12 milhões, com o conhecimento e colaboração do representante do Bic Banco.
Os empréstimos eram concedidos à pessoa jurídica Ortolan Assessoria e Negócios Ltda, e tinham como garantia créditos fictícios que a empresa possuía junto ao governo do Estado de Mato Grosso, por meio de simulação de prestação de serviços na área de consultoria e assessoria em gestão governamental.
A garantia do crédito junto ao governo do Estado foi dada por meio de ofício expedido, sem autuação, pelo então secretário de Fazenda de Mato Grosso, Éder de Moraes Dias. O ofício também não especificava qual era o objeto, muito menos os números de notas fiscais ou contrato que pudessem caracterizar e atribuir eventual legitimidade ao suposto crédito da empresa no Estado.
O Ministério Público Federal informa ainda que a ligação entre Eder de Moraes e Luiz Cuzziol é antiga e decorrente de terem trabalho juntos no Bic Banco. Éder de Moraes era superintendente de agência, enquanto Luis Carlos Cuzziol ocupava o cargo de gerente de contas. Com a saída de Éder, a diretoria do banco convidou Cuzziol para assumir a função de superintendente.
Moacir | 16/10/2019 12:12:53
Me desculpem, mas quem tá merecendo uma operação e o MP, toda semana falando de operação, como se eles fossem os mais honestos do paÃs, essa delação já está sendo noticiada a meses, e os nomes divulgados, então; todos já esvaziaram as gavetas... Vms deixar de demagogia e trabalhar sério
José | 16/10/2019 12:12:49
É sabido via instituições reproduzidas por toda a imprensa que a Operação Ararath chegou ao total de mais de 2 bilhões aos cofres. Então cadê e ainda está a diferença de 1 milhão e meio ? Nenhuma delação fechou essa matemática. O Sr Eder prodÃgio quem diria. De negociador lá do CPA a direção do Bic Banco. Eu sei muito bem quem eram os empresários que ali movimentaram com contas laranjas e terceiros e se auto beneficiando. Isso não é crime. Que sabemos ao d3lator firmar uma delação ele tem por obrigação falar toda a verdade espacialmente contra si próprio. Mas essa operação há 6 anos só fica nesse jogo de empurra empurra e como se ninguém soubesse as inúmeras formas da patota para driblar a lavação de dinheiro que foi. MT tem que mudar definitivamente e pegar todas as negociatas que foram feitas a nÃvel Brasil e exterior. Ou será que Palloci, os doleiros Finado e Messer não contam? Lógico que na prática sim. Mas é tanta vista grossa que d3sanima. A pouco mais uma operação imensa foi des3ncadeada no Paraná e em outros Estados de semana passada para cá. Tenho convicção que Boa parte tem muita gente graúda do MT envolvida . Aguardemos.
Sassa | 16/10/2019 12:12:46
DUPLICIDADE DE INVESTIGAÇÃO??? BIS IN IDEN ???? Só mi mi min
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