Mesmo com dificuldades impostas pela Federação formada entre o Progressistas (PP) e o União Brasil (UB), o deputado estadual Paulo Araújo reafirmou seu compromisso com o PP e descartou qualquer possibilidade de deixar a legenda. Ele também disse que há receio entre demais aliados da "coligação" formar uma "chapa da morte" em 2026.

Apesar disso, o parlamentar afirmou que permanece no grupo. “Minha militância política sempre foi no Progressistas. Eu tenho paixão por esse partido. Apesar das dificuldades, não penso em sair”, garantiu durante entrevista concedida à Rádio CBN Cuiabá, na última sexta-feira (20).

Araújo revelou que vem sendo aconselhado a ficar na Federação União Progressista por lideranças do grupo, como o ex-senador Cidinho Santos, que tem atuado para manter a união dos filiados. “O Cidinho é um grande amigo. Tem uma habilidade enorme em Brasília e está tentando ajudar a conciliar todas as forças políticas do nosso grupo”, destacou.

O parlamentar também revelou conversas com o governador Mauro Mendes (UB), que preside a federação no estado. “Eu falei para o governador que nós vamos ter dificuldade na montagem da chapa e que há uma preocupação com os deputados da base do governo. Ele concorda comigo e garantiu que vai trabalhar para acomodar os aliados”, relatou.

O deputado relata que alguns pré-candidatos já estão buscando outros partidos temendo disputar uma chapa “pesada” com nomes como Dilmar Dal Bosco, Sebastião Rezende, Júlio Campos e Eduardo Botelho – todos do União Brasil – e ainda com o retorno de Beto Dois a Um (PSB) para o partido, agora federado. “Todos os deputados que tiveram uma votação considerável e todos, podemos dizer, têm sua base eleitoral. Com isso, uma dificuldade maior na montagem de chapa para deputados estaduais, visto que os outros candidatos eles terminam tendo uma dificuldade de vir para uma chapa forte. Fala ‘essa galera aí de peso, já está lá, eu vou caçar outro rumo’”, explicou.