Terça-Feira, 13 de Maio de 2025, 14h30
POÇO
PC detalha atuação de empresários e servidores em desvio de R$ 22 milhões
Tendência é de novas fases
BRENDA CLOSS
Da Redação
A Operação Poço Sem Fundo, deflagrada na semana pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para desarticular um esquema de desvios de R$ 22 milhões dos cofres públicos por meio de contratos fraudulentos firmados pela Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), revelou o papel de servidores públicos e empresários na orquestração do esquema. O grupo fez fraudes contratuais, pagamentos indevidos e superfaturamentos relacionados à perfuração de poços artesianos.
A operação culminou na suspensão de funções públicas dos servidores e na imposição de restrições às empresas investigadas, incluindo bloqueio de bens e proibição de contratar com o poder público. Todos alvos sofreram busca e apreensão.
A partir de agora, a Polícia Civil vai aprofundar as investigações. Existe a suspeita de que parte dos valores desviados tenham sido repassados para políticos com bases políticas em Cuiabá.
EMPRESAS
Willian Gomes Beatriz e Ísis Caroline Beatriz Jacobi — Sócios da empresa TECNOPOÇOS Perfurações de Poços Artesianos Ltda. Foram beneficiados por contratos fraudulentos, especialmente o Contrato nº 09/2022, que resultou em superfaturamento de R$ 3,6 milhões.
Ricardo Antônio Fontana — Associado à TECNOPOÇOS. Participava do esquema de emissão de notas fiscais por serviços não realizados.
Raul Barros Ribeiro — Sócio da FR Engenharia e Poços Ltda., beneficiada pelo Contrato nº 14/2023. A empresa teve movimentações financeiras atípicas e aumento suspeito de capital social.
Plínio Márcio Bonini — Sócio único da P.M. Bonini Ltda., empresa contratada por meio do Contrato nº 30/2021. Teve envolvimento direto em desvios e possuía relação de proximidade com fiscais da METAMAT.
Jobar Oliveira Rodrigues — Sócio da UNIKO Engenharia EIRELI, empresa favorecida nos Contratos nº 04/2021, 25/2021, 26/2021 e 20/2023. A empresa apresentou crescimento anormal no capital social.
Cristiane Pirelli de Almeida — Sócia da JM Poços Artesianos e Transportes Ltda., apontada como empresa de fachada. Recebeu valores por serviços não executados no Contrato nº 12/2023.
Eduardo Arruda Monteiro da Costa — Sócio da Construtora Santa Lúcia Ltda., que participou de contratos fraudulentos (27/2021, 28/2021 e 29/2021), com recebimentos indevidos por obras não entregues.
SERVIDORES PÚBLICOS ENVOLVIDOS
Juliano Jorge Boraczynski — Diretor-presidente da Metamat. Atuava diretamente na formalização dos contratos, liberação de ordens de serviço genéricas e autorização de despesas às empresas beneficiadas.
Francisco Holanildo Silva Lima e Jeferson Wagner Ramos — Envolvidos na liberação e atesto de ordens de serviço e pagamentos, contribuindo diretamente para a operacionalização do esquema. Ramos é ex-deputado estadual e diretor-administrativo.
Gonçalo Ferreira de Almeida — Ordenador de despesas. Autorizava pagamentos às empresas investigadas, contribuindo para o repasse ilegal de recursos.
Wilson Menezes Coutinho — Atestava notas fiscais sem designação formal e também autorizava despesas. Sua atuação era decisiva na liberação dos pagamentos fraudulentos.
André Luiz Gonçalves de Araújo — Atuava como ordenador de despesas eventual, viabilizando a destinação de valores públicos para empresas do esquema.
Rafael Francisco Pinto — Atuava na expedição de ordens de serviço genéricas, o que facilitava a contratação sem especificações técnicas adequadas.
Wilce Aquino de Figueiredo — Fiscal de contrato e responsável por atestar notas fiscais genéricas, contribuindo para a liberação de pagamentos irregulares. Também atuava na fase de orçamentação.
Gustavo Sampaio de Siqueira — Fiscal de contratos. Em 2023, atestou notas fiscais vinculadas aos contratos firmados, permitindo a continuidade dos desvios.
Matheus Del Negro Oliveira — Suplente de fiscal. Assinava atestos de notas fiscais relacionadas aos contratos de 2023, mesmo diante de inconsistências.
Izaías Mamoré de Souza — Suplente de fiscal. Atestou notas fiscais irregulares nos contratos com as empresas FR Engenharia e TECNOPOÇOS.
Ismael Martinho de Souza Ramos e Monadía Escobar Alencar — Sem designação formal, foram responsáveis por impulsionar os processos de pagamento, alinhando informações e solicitando valores às empresas envolvidas.
Gleice dos Santos Reis — Fiscal e gestora de contratos. Teve participação central no direcionamento do Contrato nº 09/2022 à empresa TECNOPOÇOS.
Renata Rhaiana Padilha — Fiscal de contratos. Atuou no direcionamento da TECNOPOÇOS, tendo atestado 327 notas fiscais genéricas.
Juliane Fortunato Barroso — Fiscal dos contratos firmados em 2021. Atestou notas fiscais que deram suporte aos pagamentos indevidos.
GIL | 13/05/2025 14:02:51
SE TIVESSE USADO O BATON JA ESTARIAM PRESOS
Jose Patrocinio | 13/05/2025 14:02:21
Maioria da turma entrou de gaiato, nada haver com o doce. 04 ou 05 bebeu vinho. kkkkk
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