Política

Quinta-Feira, 08 de Maio de 2025, 09h42

SEM FERIADÕES

Prefeito explica fim de privilégios a servidores

FRED MORAES

Gazeta Digital

 

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou que exigirá a Secretaria Municipal de Educação (SMS) que retire do calendário escolar toda as emendas de feriados neste e nos próximos três anos de seu primeiro mandato no Palácio Alencastro. Crítico dos feriadões, o prefeito declarou que não permitirá nenhum ‘privilégio’ aos servidores públicos, porque segundo ele, permitir que apenas trabalhadores públicos não trabalhem um dia após os feriados enquanto a rede privada funciona é algo incoerente. 

Em entrevista à imprensa, o prefeito afirmou que não existe lógica em conceder as emendas de feriado para não alterar o cotidiano das famílias. Para ele, nas ocasiões de feriados prolongados, os pais dos alunos feriam apenas no dia do feriado e nos outros precisam trabalhar. Portanto, a partir de agora, o prefeito determinou que a prefeitura acompanhe o calendário empresarial e cumpra apenas datas dos feriados nacionais e municipais, pondo fim as emendas. 

“Se o trabalhador está trabalhando, a criança tem que estar na escola. Se for feriado para todo mundo, vai ser feriado na escola também. Se não for feriado para todo mundo, não será feriado para a escola. Não é possível existir duas classes de trabalhador, trabalhador comercial que corre atrás do ganha pão para sustentar a família e o trabalhador da rede publica que durante alguns dias tem o privilegio de não precisar trabalhar. Entendo que muitos profissionais da educação acham que o descanso é merecido. Mas, é para todo mundo. É merecido para rede privada tanto quanto a rede pública”, explica.
Ainda na entrevista, o prefeito define os feriados prolongados como os últimos do mês de abril, que inclusiva geraram um grande embate entre servidores e ele, como privilégios exclusivos para classe, gerando tratamento distinto aos demais trabalhadores. 

“É incoerente tratar o trabalhador do serviço público com privilégios muito além do que aquele da rede privada. Então, estamos colocando a medida da seguinte forma: emendas não acontecerão dentro da rede municipal. Aquele negócio de que o feriado é na quinta, e ai já folga na sexta, na rede privada não acontece. Então, na rede publica não acontecerá também. Se o feriado é na quinta, quinta-feira será feriado. Sexta-feira tem trabalho para todo mundo? Sexta-feira tem aula todo mundo”, continua. 

Ao ser questionado se não temia que com o fim das emendas de feriado o números de dias letivos, que sempre rege 200 dias anuais, ultrapassasse o acordo, o prefeito demonstrou pouca preocupação e ainda não descartou que a rede pública de ensino passe a ter um calendário maior do que a rede privada. 

“A legislação diz que o mínimo tem que ser 200 dias letivos, o mínimo. Ela não fala sobre o máximo. O máximo pode ser quantos dias forem necessários, o profissional da educação não ganha por dia letivo, ganha por mês trabalhado. Ele ganhou pelo mês de janeiro, fevereiro, março e abril, ele recebe por mês. Então, não pode reclamar de ter direito a emenda ou não, ele tem direito ao salario no fim do mês. A emenda é uma medida aplicada no passado mas não será aplicada durante nossa gestão nos quatro dias. Os dias que forem conceituais que forem feriados nacionais ou municipais serão respeitados” , finaliza. 

Como mostrou o GD nesta semana, o secretário de Educação de Cuiabá, Amauri Monge, já havia revelado que feriados como o Dia do Servidor Público e o Dia da Consciência Negra não serão emendados neste ano por serem datas que “atrapalham o dia a dia das famílias” e não serem considerados tão importantes.

“Os feriados mais importantes, que são nacionais, nós vamos manter em emenda, mantivemos agora no dia 2 de maio e vamos manter para junho no Corpus Christi. Para o segundo semestre estavam previstas duas emendas que nós cancelamos, que é do Dia Da Consciência Negra e o Dia do Servidor Público, por serem feriados que atrapalham o dia a dia das famílias. O prefeito está preocupado com que o pai e a mãe que não emendam fiquem prejudicados por o filho estar em casa e não ter como cuidar”, disse a imprensa nesta segunda-feira (25).

Comentários (5)

  • Alex Reinaldo |  08/05/2025 11:11:44

    Nossa, que assunto relevante... Aumenta os dias letivos pra 215, 230, 250 para ficar satisfeito. Os alunos filhos de pais relapsos continuarão faltando absurdamente. E quanto ao comentário que diz que o ensino está fraco deveria passar um tempo observando as aulas dos professores que só faltam chorar de desespero perante os filhos dos cidadãos de bem que mandam os professores tomar no c... chamam as professoras de loucas, debocham etc... Quanto aos pequenos não aprendem a ler porque NUNCA os pais tem tempo de sentar com os mesmos para ajudar, mas olha no entorno do bairro os pais e mâes nas distribuidoras de bebida, nas academias, na porta da rua conversando com as vizinhas e os filhos lá precisando de ajuda para aprender a ler.

  • educação muito fraca |  08/05/2025 10:10:51

    O Ensino está muito fraco, uma vergonha para todos inclusive para os diretores professores, pais, alunos, prefeitos, governadores, tem que ter metas, mais horas de aulas português e matemática para que desenvolvam já chegam com dificuldades e não conseguem desenvolver, responsabilidade de todos que só muda com empenho

  • Cidao |  08/05/2025 10:10:50

    Bem feito, maravilha! Quem mandou votar nelel

  • FLAVINHO |  08/05/2025 10:10:21

    So aguardando os comentarios dos contras que vivem na mordomia publica ,

  • luiz |  08/05/2025 10:10:18

    servidor nunca pediu previlegio aliaz nunca pediu nada quem determina e o prefeito ou governador em diaro oficial. se falr nao e nao. agora voce tem feriado na quinta lembra do servidor mais a cidade fica deserta todo mundo de ferias inclusive a iniciativa privada a excecao de oficinas

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