Sexta-Feira, 22 de Agosto de 2014, 10h04
Projeto obriga Estado a fornecer medicamentos para tratamento do tabagismo
Da Redação
A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa deve se posicionar, nos próximos dias, sobre projeto de autoria do deputado Romoaldo Júnior (PMDB) que dispõe sobre medicamentos e tratamentos indicados nos casos de distúrbios correlatos, para a população em geral, portadora de dependência química advinda do tabagismo e dá outras providências.
A matéria prevê que o Poder Executivo seja obrigado a implantar na rede de saúde pública, o fornecimento gratuito de medicação e tratamento especializado de distúrbios para a população em geral, portadora de dependência química causadas pelo tabagismo, desde que a dependência ao tabaco seja diagnosticada por uma junta médica e apresentados exames médicos comprobatórios.
De acordo com a proposta, o fornecimento deve ser gratuito permanente e contínuo e além do fornecimento gratuito de medicação para o tratamento destes distúrbios, os pacientes receberão, também, orientação nutricional, psicológica e psiquiátrica, através de especialistas aptos para sua implementação. A distribuição se dará através do Sistema Único de Saúde – SUS.
Ao justificar a proposta, o parlamentar lembrou que o tabagismo é uma dependência química; uma doença crônica progressiva e que afeta pessoas de qualquer idade, raça, cor, e nível sócio econômico ou intelectual. E, o consumo de tabaco é uma pandemia que afeta a comunidade em áreas importantes como Educação, Segurança e Saúde. O
O consumo de cigarros em escala mundial é tão alarmante que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo uma epidemia de graves consequências para a saúde pública. O tabagismo é principal fator de risco evitável de morte e provoca 4,9 milhões de mortes todos os anos. A perspectiva da OMS é de que em 2030 esse número chegue a 10 milhões de mortes por ano -- o que nos mostra que, se atitudes não forem tomadas, o número de óbitos duplicará.
No Brasil, o tabagismo é responsável pela morte de 23 pessoas por hora; 25% das mortes causadas por doenças coronarianas; 85% por bronquite e enfisema; 90% dos casos de câncer de pulmão (sendo que um terço desse número é formado por fumantes passivos); 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer e 25% de doenças vasculares. Um em cada dois fumantes tem morte prematura e um em cada quatro fumantes apresenta perda de 25 anos de vida. Outros tipos de câncer relacionados com o uso do cigarro são: câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero.
“Esses pacientes necessitam ser especialmente assistidos para que possam desenvolver regularmente suas atividades, sem que os sintomas perversos reduzam a capacidade de viver de maneira digna”, defende Romoaldo. Para ele, a ampla distribuição de tais medicamentos, além de dar efetividade a um direito básico da cidadania, desonerará, a médio prazo, o Sistema Público de Saúde com relação aos custos com procedimentos cirúrgicos, reabilitação e afastamentos do trabalho e aposentadorias precoces.
No entendimento dele, os altos preços praticados na comercialização de medicação necessária no tratamento de fumantes impedem sua aquisição pela esmagadora maioria da população e “disponibilizar esta medicação através do Sistema Único de Saúde é questão de saúde pública, evitando que homens e mulheres venham a óbito, já que o tratamento em clínicas de saúde particulares, chega a custar uma média de mais de R$ 1 mil/mês”.
"Tem que trabalhar", diz vereador sobre fim de recesso
Sábado, 21.06.2025 18h10
Deputada cobra restituição em dobro de valores surrupiados de aposentados
Sábado, 21.06.2025 16h10
Vereadora diz não ter obrigação de comprar medicamento básico
Sábado, 21.06.2025 15h54
Justiça anula estabilidade de servidora sem concurso, mas garante aposentadoria
Sábado, 21.06.2025 13h40
Vereador defende fim de cartão consignado e Refis para aliviar servidores
Sábado, 21.06.2025 07h32