O secretário chefe da Casa Civil e pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Fábio Garcia, disse que não há empecilho para que o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho (UB) deixe o União Brasil. Em entrevista à imprensa, nesta terça-feira (21), durante a posse da nova Mesa Diretora do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Garcia relembrou um acordo feito por membros do partido em abril deste ano.

Na ocasião, a sigla chegou a ter um princípio de crise após o deputado estadual Júlio Campos considerar como "sacanagem" a definição do novo diretório estadual sem consultar a bancada na Assembleia Legislativa. As lideranças se reuniram e ficou decidido que o governador Mauro Mendes comandaria a legenda, substituindo Garcia. 

Fábio e Botelho disputam internamente para ser o nome da agremiação em 2024 ao Palácio Alencastro. Contudo, Botelho teria cansado de esperar a definição e decidido se filiar ao PSD, embora aguarde uma "carta de anuência" de Mendes. No entanto, essa dificuldade colocada por Botelho, nunca teria existido, segundo Garcia, que relembrou o acordo firmado anteriormente. 

"Eu não assino pelo partido, mas a gente teve uma reunião, lá atrás, e participaram os quatro deputados estaduais, o senador Jaime, o governador Mauro Mendes e eu. E nessa reunião foi decidido que o partido não faria empecilho a ninguém que quisesse sair do partido a ninguém. Então essa história de ter dificuldade, de ter carta no União Brasil nunca existiu", garantiu. 

O secretário também afirmou que nunca viu o correligionário falar que tem dificuldade de ter a carta. "Essa foi a decisão que a executiva tomou lá atrás, quando os quatro deputados estaduais trouxeram uma carta que veio uma divergência, quem ficaria no União Brasil. Nessa reunião foi pedido que se alguém quisesse sair do partido, que tivesse garantido que teria a carta e foi uma decisão conjunta", asseverou. 

Questionado sobre ter uma carta na manga para subir nas pesquisas eleitorais, uma vez que apareceu somente com 5% nas intenções de votos na pesquisa do Instituto MT Dados, o secretário negou e frisou que assim como o governador Mauro Mendes, sempre defendeu que assuntos relacionados à eleição fossem tratados apenas em 2024. 

"Tem um presidente que é o governador Mauro Mendes, temos senadores, temos deputados federais, deputados estaduais. No momento certo, o partido vai reunir e discutir essa questão.  O governador sempre falou que ele falaria sobre isso ano que vem. Não tem carta na manga nenhuma. Na verdade, a gente sempre falou desde o início que a gente falaria de eleição no próximo ano e nós estamos mantendo a nossa palavra", concluiu.