Quinta-Feira, 19 de Setembro de 2019, 20h20
POLYGUNUM 6
Servidores presos são suspeitos de destruir provas após solicitação do MPE
Grupo chegou a registrar boletim de ocorrência denunciando sumiço de papeis
DIEGO FREDERICI
Da Redação
Servidores que atuam na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) estariam destruindo provas que poderiam comprovar as fraudes investigadas na operação Polygonum, da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema-MT) e do Ministério Público do Estado (MP-MT).
O FOLHAMAX teve acesso ao pedido de prisão de 12 pessoas (em empresários e funcionários públicos) que foram detidas na 6ª fase da operação Polygonum, deflagrada na última segunda-feira (16). Entre os servidores da Sema-MT, foram alvos das diligências os analistas ambientais Ronnky Chaell Braga da Silva, Alessandro Pontes Gomes, Carlos Vitor T. R. Junior, Juelson do Espírito Santo Santo Brandão, Roberto Passos de Oliveira e Maurílio Evanildo Vilas Boas.
Além dos analistas ambientais, também foi preso o ex-servidor comissionado Heverton Neves Rodrigues de Amorim, e o técnico de meio ambiente Roberto Correa de Arruda. Todos eles já se encontram soltos, porém, de acordo com o pedido de prisão, assinado pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, eles podem ser enquadrados por obstrução à Justiça.
O pedido de prisão narra que, no decorrer das investigações, documentos referentes a um processo administrativo que tramitava na Sema-MT sobre uma área que teve seus dados supostamente alterados para permitir um maior desmatamento – papeis estes que foram solicitados pelo Ministério Público do Estado (MP-MT) -, curiosamente, desapareceram.
O desaparecimento destes documentos após a solicitação do MP-MT fica ainda mais estranho, de acordo com o pedido de prisão, pois um boletim de ocorrência foi confeccionado para relatar o incidente. Os autores do registro foram três servidores da Sema-MT - dois deles presos na última segunda-feira durante a deflagração da operação Polygonum.
“Alertam as representantes que no decorrer das investigações teria se observado a lavratura de um boletim de ocorrência pelo servidor Roberto Correa de Arruda, tendo por testemunha Maurílio Evanildo Vilas Boas e Paulo Vitor de Miranda Maciel, pelo qual comunica o desaparecimento de páginas do volume três do Processo LAU nº 108843/2015 [...] O desaparecimento teria ocorrido após a retirada do processo no arquivo temporário para cópias solicitadas pelo Ministério Público”, relata o pedido de prisão.
A juíza Ana Cristina Silva Mendes, por sua vez, reconheceu a possibilidade de destruição de provas para justificar a prisão dos servidores. “Deste modo, vislumbram-se indícios de que possivelmente os representados estejam agindo para destruir eventuais provas de interesses das investigações”, explicou a magistrada.
POLYGONUM
De acordo com informações preliminares, 12 pessoas foram alvo da 6ª fase da “Polygunum” - Heverton Neves Rodrigues de Moraes, Ronkky Chael Braga da Silva, Augusto Carvalho Schneider, André Luiz Ferreira de Souza, Pedro Dalla Nora, Alessandro Pontes Gomes, Carlos Vitor Timo Timo Ribeiro Junior, Juelson do Espírito Santo Brandão, Roberto Correa de Arruda, Roberto Passos de Oliveira, Maurilio Evanildo Vilas Boas e César Farias.
A sexta fase da operação, com foco na tipologia de áreas, é resultado das investigações realizadas pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e o Ministério Publico Estadual, com apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Os mandados foram expedidos pela Juíza da Vara Especializada do Crime Organizado, Ana Cristina Silva Mendes.
A investigação refere-se a fraudes praticadas por servidores públicos, proprietários rurais e engenheiros florestais, no âmbito da Gestão Florestal, visando a supressão da vegetação nativa, diminuindo a área destinada à Reserva Legal, ao classificar irregularmente a tipologia da propriedade de área de floresta em área de cerrado.
Relatórios de Tipologia elaborados por Engenheiros Florestais, contendo informações falsas acerca do tipo de vegetação existente no imóvel, eram encaminhados à Sema, cujo órgão é responsável por vistoriar a área e confrontar as informações apresentadas no laudo.
Ocorre que alguns servidores responsáveis pela vistoria iam a propriedades rurais e validavam as informações falsas, reenquadrando a classificação da fitofisionomia vegetal, aumentando a área passível de desmate.
As investigações indicam que proprietários de imóveis rurais, por meio de engenheiros florestais, estariam fraudando o sistema ambiental com relatórios ambientais inidôneos. O imóvel localizado em bioma amazônico, por exemplo, pode ser desmatado em apenas 20%. Contudo, se a tipologia florestal for de cerrado, o proprietário tem direito a desmatar 65%.
Com um relatório falso aprovado pela Sema é possível desmatar mais do que o triplo permitido pelo Código Florestal. Assim, uma fazenda de 10.000 hectares, localizada no bioma amazônico, poderá desmatar 4.500 hectares a mais com o relatório fraudado.
Essas informações ficam registradas no sistema e, com o uso de imagens de satélite e outras ferramentas tecnológicas, podem ser auditadas em qualquer momento, mesmo após os desmatamentos.
Peritos do Ministério Público, auxiliados por um pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e fiscais do Ibama, vistoriaram 22 propriedades, com indícios de crime em 18. A operação deflagrada nesta segunda-feira investiga 10 propriedades onde foram constatados indícios de fraudes.
Jesus até dá presente mas não tá dando c | 20/09/2019 13:01:18
Vamos colaborar com a investigação pessoal. Primeiro é só verificar quem deu "plantão" ou ficou à disposição mexendo nos processos no arquivo temporário por um tempo, não tendo nada a ver com o setor. Segundo, verificar os bens adquiridos ou ganhos nos ultimos 4 anos de todos que "passaram" pelo setor do arquivo temporário, se condiz com o salário (ou gratificação), e tem que provar de onde tirou dinheiro para adquirir. Vamos combinar, estas pessoas só dão trabalho e prejuÃzo, n]ããsão demitidos e nem ficam presos... Aà sim, a prova de que ser bandido com o bem público compensa.... Estao todos livres e sorridentes, alguns com advogados de primeira linha, escritórão, tem que ver isto também... Advogados ligados à "toridade" pode???? Se sim, phodeu! Desistam! Pode fechar o caixão. Governador tem que demitir estes comissionados que entra governo e sai governo, continuam na sema, cheios de vÃcios e nem votaram nele.
José | 20/09/2019 11:11:44
Se tiver polÃticos como padrinho podedelinquir que só vai ter uma investigação e nada mais
José | 20/09/2019 11:11:43
Se tiver polÃticos como padrinho podedelinquir que só vai ter uma investigação e nada mais
jose a silva | 20/09/2019 11:11:34
QUE NOVIDADE! EUREKA! DESCOBRIRAM A RODA E A PÓLVORA! ATÉ EU QUE SOU BESTA FARIA ISSO!
Ouvidor da sociedade | 20/09/2019 10:10:25
JuÃza, manda prender todos eles novamente e requeira o afastamento definitivo da função que exerce na sema, mande o governador colocá-los a disposição da secretaria de administração do estado. Esses indivÃduos é um perigo pro meio ambiente e pra sociedade. Essa ação poderia inibir outros crimes, deles e de outros que ainda não foram presos.
Investigador social | 20/09/2019 10:10:16
Se a investigação for profunda e séria, doa em quem doer com certeza absoluta irá concluir que a Sema é comandada por uma quadrilha há 10 anos. As Provas são fartas e abundantes, e esses bandidos que caÃram agora é apenas parte dessa quadrilha. Dou uma dica a tal "inteligência" levantando o patrimônio de todos os servidores da Sema, a começar pela gestão florestal, e os comparsas de ronkyy e alessandro. É simples, basta querer investigar com seriedade e profundidade, senão daqui a pouco novos crimes serão cometidos. Lugar de corrupto é na cadeia. A hora é esta!!!
VIRANDO EX-LEITOR | 20/09/2019 10:10:13
Apagando comentários Folhamax????? Que feio....
Taisa | 20/09/2019 10:10:12
Nessa lista de acusados de corrupção alguns já estiveram em outras operações, já foram até presos e nada acontece, eles continuam desfrutando da confiança da secretária e do secretário executivo da Sema, incrÃvel não? O próprio secretário executivo responde por processo de crime ambiental, basta pesquisar no Google. Ou seja, se a própria cúpula da instituição está envolvida nesses atos ilÃcitos, o que se pode esperar dessa instituição? Cadê o governador para ser mais seletivo nessas nomeações? Está tudo errado na área ambiental deste estado, tudo.
hope | 20/09/2019 09:09:43
Sem filosofia de boteco caro "Francisco | Sexta-Feira, 20 de Setembro de 2019, 08h1852970605297060 A PERGUNTA É: SOMOS TODOS CORRUPTOS?"... Furar uma fila e muitas vezes com consentimento, não nos igualam a estes cretinos que ganham bem, são pagos pra proteger a natureza e recebem dinheiro pra destruÃ-la. Não, não somos todos corruptos...
Francisco | 20/09/2019 08:08:48
A PERGUNTA É: SOMOS TODOS CORRUPTOS?
CHIRRÃO | 20/09/2019 08:08:21
DIZEM QUE ERA DA SEMA QUE SAI O DINHEIRO PRA CAMPANHA DE UM DEPUTADO QUE PEDIU PRA FECHAR AS PORTAS DA CPI.
Cidadão brasileiro | 20/09/2019 01:01:37
Só lembrando que corruptos são iguais pedófilos e estupradores, sempre repetem o crime. Já estão soltos. Precisam ser demitidos, exonerados, riscados do serviço público. Tem um aà que há pouco tempo foi "livrado" de caso parecido e já foi preso. Ou seja, tem que cortar o mal pela raiz. Cheeeeeeega! Até a polÃcia desanima. Investiga, trabalha, gasta papel, gasolina e etc e a (in)justiça solta. Por isto eles riem à toa.
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