Segunda-Feira, 23 de Maio de 2016, 18h07
R$ 127 MIL NO BIC
Sobrinho de Maggi diz não conhecer empresário que pagou seu empréstimo
MPE abre inquérito para investigar motivos de negócio em banco alvo da PF
RAFAEL COSTA
Da Redação
O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para investigar o empresário Samuel Maggi, sobrinho do ministro da Agricultura e senador licenciado por Mato Grosso, Blairo Maggi (PR). A investigação será conduzida pelo promotor de Justiça Célio Joubert Fúrio, que compõe o núcleo de defesa do patrimônio público, e vai se concentrar em atos de improbidade administrativa e nulidade de atos lesivos que possam ter gerado prejuízo aos cofres públicos.
Conforme a portaria divulgada no dia 3 de maio, os fatos estão relacionados a Operação Ararath da Polícia Federal que desvendou um amplo esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional. A suspeita é de que a empresa SML Comunicação LTDA e o empresário Samuel Maggi Locks tenham se beneficiado de fraudes.
Na Justiça Federal, Samuel Maggi é réu em ação penal pelo crime de lavagem de dinheiro. A empresa contraiu empréstimos junto ao Bic Banco e dava como garantia créditos que teria a receber em contratos mantidos com o governo do Estado, via Secretaria de Estado de Comunicação Social.
Porém, os valores eram pagos por empresas privadas como a Lince Construtora, de propriedade do empresário José Geraldo Sabóia. Um mandado de busca e apreensão feito pela Polícia Federal na Operação Ararath na residência de um funcionário do Bic Banco encontrou solicitações de transferência bancária da empresa Lince Construtora LTDA ao Bic Banco para quitar uma dívida SML Comunicação, antiga razão social da revista Ótima.
Em depoimento, Samuel Maggi informou não conhecer José Sabóia, que quitou uma dívida da SML Comunicação avaliada em R$ 127 mil junto ao Bic Banco. Por outro lado, confirmou a prestação de serviço na confecção de cartilhas e outros materiais gráficos e também a responsabilidade pela publicação da Revista Ótima.
Todos esses trabalhos foram prestados às agências de publicidade que detinham contratos com o Estado de Mato Grosso. Samuel Maggi também confirmou que fez empréstimos no Bic Banco para receber pelos serviços realizados ao Estado de Mato Grosso.
Para justificar a abertura do inquérito civil, o promotor de Justiça Célio Fúrio ressaltou que houve informações extraídas de uma outra investigação indica a prática de “crimes de gestão fraudulenta no âmbito do Bic Banco com a realização de empréstimos simulados para atender aos interesses de grupo político que representava no Governo do Estado de Mato Grosso no período de 2005 a 2013”. Neste período, o Estado foi administrado por Blairo Maggi e Silval Barbosa (PMDB), que está preso desde setembro do ano passado.
Foi encaminhado um ofício ao atual secretário de Estado de Comunicação, Jean Campos, para fornecer as informações dos contratos que a SML Comunicação manteve no período de 2007 a 2014. Também foi solicitado notas de prestação de serviço, notas de empenho, liquidação e notas de ordem bancária relativa a esses contratos.
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