Segunda-Feira, 17 de Janeiro de 2022, 08h48
OPERAÇÃO ARARATH
STF mantém delação de empresário de MT que pagou propina por incentivos
Genir Martelli assumiu dívida de grupo político de ex-governador em factoring
RAFAEL COSTA
Da Redação
Por unanimidade, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a colaboração premiada do empresário Genir Martelli firmada em um dos desdobramentos da Operação Ararath, da Polícia Federal. A investigação da PF iniciada em 2013 apontou um amplo esquema de desvios de dinheiro público a partir de crimes contra o sistema financeiro nacional, favorecendo empresários e agentes políticos.
A Procuradoria Geral da República (PGR) havia ingressado com pedido para rescindir o acordo, uma vez que, uma das parcelas de devolução do dinheiro foi feita via pessoa jurídica, o que violaria o caráter personalíssimo da delação premiada.
A tese foi rejeitada diante da comprovação da boa fé-objetiva da parte em honrar o acordo para manter os benefícios penais expressos na legislação penal, o que inclui a redução da pena em até 2/3 ou até mesmo sua extinção. "Na espécie, verifica-se que a possibilidade de o pagamento ser efetuado pela pessoa jurídica constou expressamente de cláusula do acordo de colaboração premiada, negociado e assinado pelo Parquet (pela Procuradoria-Geral da República, especificamente); a mesma PGR, diga-se, que agora ‘impugna” os pagamentos realizados nessas condições", diz um dos trechos do acórdão.
"Com efeito, se o colaborador é sócio e administrador da empresa, podendo em seu nome atuar, o argumento da ausência de “anuência da empresa” como causa para não admitir o pagamento das parcelas pela pessoa jurídica é insuficiente para infirmar o acordo ou seu adimplemento, notadamente quando não há qualquer notícia de insurgência pela própria empresa", diz um dos trechos do voto do ministro José Dias Toffoli.
De acordo com informações do processo, Genir Martelli e Luiz Martelli (já falecido), empresários do setor de logística e transportes, assumiram uma dívida de mais de R$ 20 milhões do grupo político do ex-governador Blairo Maggi com uma factoring acusada pelo MPF (Ministério Público Federal) de lavar dinheiro de esquemas de corrupção.
Os valores, de 2010, referiam-se a dívidas de campanhas eleitorais bem como pagamentos de propinas a políticos, empresários e servidores públicos.
Após a publicação do decreto 2.683/2010 que favorecia o setor logístico de transporte rodoviário, no ICMS, os empresários se comprometeram a devolver 34% dos créditos do imposto adquiridos na compra de óleo diesel dos caminhões. O valor foi suficiente para o “pagamento” da dívida.
Missionário | 17/01/2022 11:11:56
O Brasil é um paÃs exótico,pois um dos envolvidos nesse escândalo do fim do mundo; hj aumentou sua rede de postos de combustÃveis,desfila de carros importados e age como se fosse o empresário mais correto do estado.......realmente o Brasil não é para amadores!!! Wilson Santos foi premiado na semana passada com o fim do processo dos desvios do rodoanel......e o q resta para as pessoas de bem nesses cenários??????
raul | 17/01/2022 10:10:56
Tem que acabar com essa tal de delação premiada, isso é um verdadeiro esquema de impunidade, se nao acredita entao vejam, porque nao existe delação premiada para pobre? Presta atenção, os polÃticos mudam toda eleição, porem as empresas que corrompem sao as mesma, perceberam, as construtoras corrompiam os polÃticos desde a época do regime militar, podem verificar, os maiores doadores das campanhas eram elas desde aquela época, quem acredita nesta historia que o PT inventou a corrupção, ou e mal intencionado ou muito burro. Entao a lógica é o empresario que nao tem foro privilegiado, faz uma delação premiada, se livra da pena, e depois o polÃtico que ele delatou, é absolvido nas instância superiores, por prescrição de prazo, ou divergem entre a própria justiça, no final estao os dois soltos.... perceberam
Suelene | 17/01/2022 09:09:27
MEU PAI SEMPRE FALAVA QUE O ÚNICO LUGAR PARA OS POLÃTICOS CORRUPTOS DO ERÃRIO PÚBLICO É NO PRESÃDIO FEDERAL.
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