Candidato à reeleição no pleito deste ano, o governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que não irá entrar na “briga” dos candidatos ao Senado Federal de sua coligação. A juíza aposentada Selma Rosane de Arruda (PSL) e o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) travaram uma disputa interna por conta do tempo de TV na propaganda eleitoral. 

A ex-magistrada quer que o tempo dos partidos da coligação sejam somados e divido igualitariamente entre eles. Já o parlamentar tucano não abre mão dos 45 segundos do PSDB. 

Para Taques, este tema será tratado na Justiça. “Não tem crise. O conflito está resolvido, isso aí é o advogado que vai resolver, não me cabe como candidato ao governo entrar em questão de tempo”, disse. 

Em reunião realiza na última quarta-feira (29), os presidentes dos partidos integrantes da coligação “Pra Frente Mato Grosso” decidiram não fazer a divisão de forma igualitária, garantindo a Leitão os 46 segundos do PSDB. 

O único que não concordou com o posicionamento foi o deputado federal Victório Galli, presidente do PSL no Estado. Diante disso, ficou definido que os candidatos irão se reunir para debater o tema e chegar a um denominador comum. Vale ressaltar, entretanto, que a propaganda eleitoral na TV e no rádio tem início nesta sexta-feira (31). 

Para Selma, a justificativa apresentada pela agremiação tucana para não dividir o tempo de programa eleitoral igualmente, mostra uma incongruência da legenda tucana. 

O presidente do PSDB em Mato Grosso, Paulo Borges afirma que dois fatores levaram a sigla a tomar a decisão de não fazer esta divisão. O primeiro seria os desgastes enfrentados pelos tucanos nos últimos quatro anos. 

O principal problema, entretanto, seria o fato de o PSDB e o PSL serem adversários diretos a nível nacional, tendo em vista que ambos possuem candidatos à presidência da república. 

Selma disse que ficou “surpresa” com a justificativa apresentada. “A coordenação esclarece ainda que, ficou surpresa com a recusa do partido tucano em não dividir o tempo de programa eleitoral de forma igualitária com o PSL, sob a justificativa de não estar autorizado a dar palanque à Bolsonaro, no entanto, o PSDB queria coordenar à visita do presidenciável à Cuiabá, mostrando uma incongruência no posicionamento”, alfinetou.