Política

Terça-Feira, 17 de Setembro de 2019, 15h07

COVERAGE - MERCENÁRIOS

TJ mantém soltura de tenente-coronel da PM em MT

Sadá Ribeiro Parreira estaria envolvido em esquema de adulteração de armas

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 


 

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-MT) confirmou a liminar que havia concedido liberdade provisória ao tenente-coronel da PM, Sadá Rebeiro Parreira. O oficial foi preso em 21 de agosto de 2019, na “Operação Coverage”, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), mas já estava em liberdade concedida através de uma liminar.

Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do relator do habeas corpus que pedia a liberdade do tenente-coronel, o desembargador Marcos Machado, em sessão de julgamento ocorrida nesta terça-feira (17).

A decisão pela liberdade também se estende ao sargento PM Berison Costa e Silva, que também foi alvo da operação “Coverage”. O sargento também já se encontrava em liberdade em razão de uma decisão anterior que o tirou da cadeia. 

COVERAGE

A operação "Coverage" expediu mandados de prisão contra quatro oficiais PMs - dois tenentes-coronéis (Sadá Ribeiro Parreira e Marcos Eduardo Paccola), e outros dois tenentes (Cleber de Souza Ferreira e Thiago Satiro Albino). Todos são suspeitos de realizar é a mudança do registro de uma pistola 9mm, da marca Glock.

Uma exame balístico, realizado pela Politec, constatou que a arma de fogo esta associada a pelo menos um crime de homicídio perpetrado pelo grupo de extermínio investigado na operação "Mercenários". O tenente PM Cleber de Souza Ferreira possui o registro de autorização de carga pessoal da referida pistola Glock.

As investigações do Gaeco também apontam que um inquérito policial militar (IPM) foi instaurado para investigar o caso. O tenente PM Cleber de Souza Ferreira foi flagrado num áudio dizendo que se o IPM não tivesse ainda voltado ao Ministério Público do Estado, ele realizaria a “troca” do certificado de registro da pistola Glock – o que configura obstrução à Justiça.

Dos 4 mandados de prisão cumpridos pelo Gaeco, apenas dois foram cumpridos. O tenente-coronel PM Marcos Eduardo Paccola foi beneficiado com um habeas corpus preventivo. Já o tenente PM Cleber de Souza Ferreira já se encontrava preso por suspeita de fazer parte de um esquema, que também contou com a ajuda de outros policiais, e que “facilitou” a entrada de um freezer com 86 aparelhos de telefone celular na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, em junho deste ano.

Marcos Eduardo Paccola foi preso só no dia 8 de setembro acusado de obstrução a Justiça, mas acabou solto menos de uma semana depois, na última sexta-feira (13). 

 

 

Comentários (1)

  • Pedra 90 |  17/09/2019 18:06:22

    Outra presepada do nosso GAECO,quem conhece e serviu com o TC Parreira sabe de sua conduta! Assim como o pacola,foi pego de boi de piranha pela guerra MPE X PMMT.

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