Política

Quarta-Feira, 20 de Agosto de 2014, 08h20

IMPASSE SEM FIM

TJ remete a Justiça de SP briga de Maggi e PCH com Bic Banco

Desembargadores se declaram incompetentes para julgar processo de financiamento milionário

RAFAEL COSTA

Da Redação

Maggi foi avalista de empréstimo feito por Mauro Carvalho junto ao Bic Banco

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso se declarou incompetente para julgar um processo do qual o senador Blairo Maggi (PR) é avalista de um empréstimo em favor da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) São Tadeu Energética S.A contraído com o Bic Banco. 

Todas as partes estão sendo investigadas pela Polícia Federal na Operação Ararath que investiga amplo esquema de lavagem de dinheiro em Mato Grosso.

A decisão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça dada no dia 9 de julho mês remeteu a responsabilidade do julgamento do processo para a 6ª Vara da Comarca de São Paulo. 

O relator do agravo de instrumento foi o desembargador Alberto Pampado Neto. O voto do magistrado pela incompetência para julgar o processo em questão foi acatado pelas desembargadoras Clarice Claudino da Silva e Marilsen Andrade Addario. 

Foi acatado o pedido das partes de que, se o tribunal anteriormente havia reconhecido sua incompetência para apreciação dos recursos dos quais o regimental é derivado, por extensão, também é incompetente para o julgamento regimental.

O processo em si já culminou até na inscrição do nome de Blairo Maggi junto aos órgãos de proteção ao crédito como SPC e SERASA por falta de pagamento das parcelas de um empréstimo junto ao Bic Banco.

A origem da disputa jurídica se deve a uma ação movida na Justiça pelo Bic Banco, que autorizou financiamento de R$ 28 milhões divididos em sete contratos a Usina São Tadeu Energética S.A, de propriedade do empresário Mauro Carvalho, que foi coordenador financeiro de Maggi nas campanhas de 2002 e 2006 ao governo de Mato Grosso.

O dinheiro serviu para construir uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) na serra São Vicente. A unidade está em operação desde 2010. Dos sete contratos de empréstimo, Maggi é avalista de cerca de R$ 7 milhões em apenas um deles. 

Maggi questiona cláusulas do contrato de empréstimo que considera abusivas e que violaria o Código Civil referente à cobrança de juros e capitalização de juros.

Por outro lado, a Usina São Tadeu Energética trava uma intensa disputa judicial contra o Bic Banco. São várias ações judiciais tramitando em várias esferas onde a empresa questiona os valores dos financiamentos, bem como o não-pagamento de indenizações por sinistros que aconteceram durante as obras de construção da PCH.

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Comentários (1)

  • Natascha Lopes |  20/08/2014 09:09:39

    kkkkkkkk, começou aparecer os podres do homem paladino da moral e dos bons costumes, é só apertar mais um pouquinho que vai voar podridão de todos os lados, até da Ararath que tanto encobrem. Ah, agora entendo o porque Pedro Taques e Otaviano Piveta estão juntos, são mala do mesmo ventre, kkkkkkkkkkkkkkk.Tudo farinha do mesmo saco, e o que é pior dão uma de santinhos, só se for do pau oco,kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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