O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou suspeição movido pelo Ministério Público (MPE) contra a juíza Vanessa Curti Perenha Gasgues, também do TRE, acusada de ter ligações com o governador de Mato Grosso e candidato à reeleição, Pedro Taques (PSDB). A magistrada é esposa do empresário Erivelto da Silva Gasques, que era sócio do grupo Cyti Lar (hoje Ricardo Eletro) e fez doações para a campanha do Taques em 2014.

A decisão foi estabelecida em colegiado na quinta-feira (4), por unanimidade. Votaram: Márcio Vidal (presidente do TRE), Pedro Sakamoto, Ulisses Rabaneda, Ricardo Almeida,  Antônio Peleja Júnior e Luís Aparecido Bortolussi Júnior. Curti é juíza membro do TRE, na categoria juíza federal. 

A parcialidade era questionada visto que ofício da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), recebido pelo Ministério Público Federal (MPF) em 13 de agosto de 2018, contém denúncia anônima relatando que Erivelto da Silva Gasques, esposo da juíza, efetuou 3 doações, totalizando o valor de R$ 500 mil, para a campanha de Taques em 2014.

As doação, conforme informado, foram realizadas por intermédio das empresas Dismobras Importação e Exportação e Distribuição de Móveis e Eletrodomésticos S/A, Nordeste Participações S/A e WG Eletro S/A. 

Além disso, no início do mês de fevereiro deste ano, o Estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Gestão (Seges), firmou um contrato de R$ 9 milhões para a locação de imóvel e conjunto de bens móveis para a instalação e funcionamento do Centro Logístico de Armazenamento e Distribuição do Estado (Celad), local que supostamente pertenceria à família do empresário Erivelto Gasques.