Quarta-Feira, 07 de Maio de 2025, 14h07
PERFÍDIA
Vereador aponta constrangimento a servidores
ALLAN MESQUITA e MARIANA DA SILVA
Gazeta Digital
O vereador por Cuiabá Daniel Monteiro (Republicanos) avalia encaminhar à Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) um documento conjunto para que se estabeleça um tipo de "protocolo" ou diretrizes e procedimentos a serem adotados em caso de operações policiais na Câmara. A atitude do parlamentar é fruto de indignação com o fechamento da Casa de Leis durante os trabalhos da Polícia Civil, no âmbito da Operação Perfídia, deflagrada no dia 29 de abril.
“Vou conversar hoje aqui na Casa para ver se a gente consegue encaminhar um documento elaborado pelos vereadores, sem constranger ninguém, sem brigar com ninguém, sem arrumar confusão, só pedindo um parecer para que futuras e eventuais, espero que não aconteçam, operações, tenham um cuidado maior. Talvez só lacrar o gabinete daquele que vai ser devassado, porque lacrar a casa inteira me parece, olhando superficialmente, um extrapolo. Me parece que foi um pouco a mais do que o necessário”, disse a imprensa na terça-feira (6).
O parlamentar alega que a situação causou constrangimento a seus assessores e membros do gabinete, assim como de outros colegas, que não tinham relação com a situação. Ele também criticou o procedimento de fechamento dos acessos da Câmara durante toda a manhã.
“Eu nunca vi o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e tão pouco a Assembleia Legislativa serem fechadas. Se há razão técnica para fechar aqui, isso a gente vai deixar para as instâncias competentes parecerem”, argumentou.
Ele, que além de vereador é também advogado, informou que conversou com a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, pois acredita que a Ordem tem papel fundamental na manutenção da democracia no país e informou que Gisela demonstrou preocupação em relação ao fato e que deve analisar o caso se houver manifestação dos parlamentares.
Monteiro também ponderou que compreende que a possível justificativa técnica para o fechamento temporário da Câmara tenha sido em função da necessidade de acesso a TI da Câmara, além dos gabinetes do vereador Chico 2000 e de Sargento Joelson, mas que é preciso uma análise da situação para compreender se encaram o ocorrido como uma exceção ou não.
"Eu não consigo colocar que é uma coisa apenas moral, porque quando a gente trata da moral de parlamentares, de um parlamento, a gente trata da nossa democracia. Dentro da lógica democrática que a gente escolheu aqui no país, inspirado na democracia francesa, a gente precisa respeitar o parlamento. Assim como eu respeito demais a Polícia Civil, assim como respeito demais o Judiciário, o parlamento, os poderes constituídos através do voto popular, também precisam ser respeitados", acrescentou.
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