Depois do presidente da sessão desta terça (20/08), Rodrigo Arruda de Sá (Cidadania), tentar votar duas vezes a matéria do Executivo no Plenário que possibilitaria o remanejamento de R$ 6 milhões de reais na pasta da saúde, a vereadora Maysa Leão (Republicanos) rebateu e chamou a cena de rídicula. “Esses 6 milhões de reais que vocês querem remanejar no desespero vão custar caro e eu não vou compactuar com essa manobra. Foi a cena mais ridícula que eu presenciei nesses dois anos de Câmara de Vereadores”, destacou Maysa.

Ao perceber a repercussão negativa, e após grande pressão dos vereadores contrários à medida adotada, que beneficiaria o Executivo, Rodrigo Arruda de Sá, anulou as votações, evitando um maior embate com seus colegas parlamentares. “A sensação que eu tenho é de podridão. A que ponto pessoas se colocam numa posição de deixar que seus CPF sejam achincalhados porque não tem valor. E aí depois vão para a rede social falar que defendem o povo cuiabano”, desabafou a vereadora Maysa.

Entenda a votação

Inicialmente a votação seguia empatada 11 a 11, no entanto, como presidente da Sessão, Rodrigo de Arruda e Sá não poderia ter votado. Após o resultado dar empate, o vereador queria votar novamente, iniciando uma grande discussão entre os pares.

Foi então que Arruda de Sá tentou emplacar uma nova votação, anulando a votação empatada. De acordo com Regimento Interno da Câmara, não há previsão para a anulação de uma votação.  Neste meio tempo, vereadores que estavam ausentes aparecem no plenário, e Arruda e Sá iniciou a nova votação, mas diante da repercussão cancelou a apreciação da matéria. 

Na primeira votação foram contrários: Aroldo Telles (PRD), Cezinha Nascimento (União), Demilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (União), Dr. Luiz Fernando (União), Eduardo Magalhães (Republicanos), Fellipe Corrêa (PL), Maysa Leão (Republicanos), Michelly Alencar (União), Robinson Cireia (PT) e Sargento Joelson (PSB).

No segundo turno, o suplente Aroldo Telles mudou o voto, e Dr. Luiz Fernando e Sargento Joelson não votaram. Os vereadores Dídimo Vovô (PSB), Lilo Pinheiro (PP) e Wilson Kero Kero (PMB), foram os parlamentares que apareceram durante a manobra, e garantiram a vitória do Executivo. Com o placar de 14 x 08 votos contrários ao remanejamento.