Cidades Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 00h:24 | Atualizado:

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CHUVA DE AÇÕES

51 candidatos denunciam "manobra da UFMT" e acionam TJ para barrar concurso

Mandado será analisado pela desembargadora Maria Erotides

WELINGTON SABINO
Da Redação

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) recebeu a primeira leva de processos ajuizados por candidatos que fizeram o concurso público da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT). Por ora, 51 mandados de segurança foram impetrados de forma individualizada em nome de cada postulante as vagas na Polícia Judiciária Civil, mas tendo os mesmos defensores: três advogados com escritório na cidade de Lajinha, em Minas Gerais.

Liminarmente, eles pedem a suspensão do certame para que a banca organizadora realize a classificação de cada polo para os diferentes cargos, conforme previsto em edital retificado. Os processos foram distribuídos para Turma de Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Público e Coletivo e estão sob relatoria da desembargadora Maria Erotides Kneip Baranjak.

Em todos eles, foram acionados como réus o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Dermeval Aravechia de Resende, o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante dos Santos, e o Estado. Ainda não há decisão em nenhum deles.

O certame, realizado no dia 20 de fevereiro, com provas aplicadas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) busca formar cadastros de reserva para as Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

O Governo do Estado promete chamar pelo menos 1,2 mil aprovados ainda este ano para serem nomeados e empossados. Foram 67 mil candidatos inscritos no certame que traz salários variando de R$ 3,3 mil a R$ 13,9 mil. 

No mesmo dia de aplicação das provas, começou a vir à tona uma série de denúncias que iam de “vazamento de prova” com 40 dias de antecedência, uso de celulares em locais de provas, falta de detectores de metais e fotos das provas circulando em aplicativos de celulares antes do término.  Também foram efetuadas quatro prisões no município de Cáceres (225 km de Cuiabá), contra um professor de cursinho e três alunos.

O docente teria recebido R$ 50 mil para fazer a prova se passando por um dos alunos enquanto outros dois alunos também seriam beneficiados com a fraude. A UFTM se posicinou sobre as primeiras denúncias e as classificou como problemas pontuais, descartando anular o certame.

Na semana passada, FOLHAMAX divulgou matéria com a versão de uma candidata denunciando “má-fé” da UFMT nos critérios anunciados para correção das provas de redação, supostamente desconsiderando alterações promovidas por ela própria no edital. A mulher afirmou que buscaria o Poder Judiciário e alertou que dezenas de outros candidatos pretendiam fazer o mesmo.

Os mandados de segurança que já aportaram no Tribunal de Justiça contestam exatamente esse ponto. Os autores sustentam que a UFMT promoveu alteração no edital anunciando que seriam corrigidos 406 provas de redação por cada polo, ou seja, nas cidades onde foram aplicadas as provas: Barra do Garças, Cáceres, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande.

Contudo, ao anunciar a lista de pessoas que terão as provas corrigidas, foi ignorada a retificação no edital e considerado o primeiro texto onde não constava a palavra polo, mas apenas cargo. Desse modo, os candidatos entendem que o correto seriam 2.436 provas, na somatória de todos os polos.

O texto retificado do edital é o subitem 15.11.2 que passou a ter a seguinte redação: “Farão a prova de redação todos os candidatos regularmente inscritos. Serão selecionados para correção da prova de redação, para cada POLO/CARGO/PERFIL, somente os candidatos com pontuação na prova objetiva igual ou superior a 50% da pontuação máxima de cada grupo de conhecimento da prova objetiva, e classificados, segundo a ordem decrescente da pontuação obtida na, conforme os seguintes quantitativos: a) 406 (quatrocentos e seis) candidatos da Ampla Concorrência; b) 58 (cinquenta e oito) candidatos concorrendo às vagas destinadas às Pessoas com Deficiência; c)116 (cento de dezesseis) candidatos concorrendo às vagas destinadas às Pessoas Pretas ou Parda". As petições dos mandados de segurança a serem analisados pela desembargadora Maria Erotides trazem trechos do edital com o texto retificado e também a informação de que “a correção das provas dissertativas, apenas considerou, portanto, o quantitativo de candidatos para cada perfil e cargo, desconsiderando o pólo de aplicação das provas”.

“Atinente ao caso em comento, indispensável comentar que a alteração editalícia se deu para permitir que se fosse possível corrigir um número maior de redações, a fim de se garantir maior competitividade. Assim, uma vez alterado o edital, sendo respeitados os princípios constitucionais norteadores da Administração Pública e visando garantir efetividade ao interesse público, especialmente no que diz respeito à seleção do melhor candidato no certame, devem as alterações ser respeitadas pelas autoridades coatoras, em estrita observância do princípio da vinculação ao instrumento convocatório”, diz trecho da inicial que é basicamente a mesma para cada um dos 51 mandados de segurança.

Por fim, os autores afirmam que o perigo de dano está assentado na continuidade do certame sem que eles possam participar das próximas fases, “o que certamente tornaria inócua a segurança concedida ao final da demanda”. Afirmam ser inegável que a violação do edital, no tocante aos parâmetros que conduzem à correção da prova de redação, além de representar flagrante violação de direito líquido e certo dos autores, pode lhes causar prejuízo grave com a exclusão deles das próximas fases do concurso.

“Portanto, torna-se indispensável a suspensão imediata do certame, bem como que as autoridades coatoras sejam compelidas a determinar que a banca organizadora do concurso realize a classificação de cada pólo previsto no item 14.4, a saber, Barra dos Graças/MT, Cáceres/MT, Cuiabá/MT, Rondonópolis/MT, Sinop/MT e Várzea Grande/MT, do cargo de Escrivão de Polícia, no quantitativo exato de cada perfil, 406 candidatos da Ampla Concorrência; 58 candidatos concorrendo às vagas destinadas às Pessoas com Deficiência e, 116 candidatos concorrendo às vagas destinadas às Pessoas Pretas e Pardas, da forma prevista no item 15.11.2 do edital de retificação número 001”, consta em outra parte da inicial.

Pedem que os réus obriguem a banca organizadora do concurso a realizar a classificação de cada polo, conforme previsão item retificado do edital.





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Comentários (25)

  • Pedro Silva

    Sábado, 19 de Março de 2022, 17h45
  • Só aqui no Mato Grosso um concurso desse não é anulado e o Ministério Público não faz nada!!! Mato Grosso virou piada nacional, gente saiu presa da prova com fraude comprovada, notícia circulando no Brasil inteiro... Ministério Público precisa mostrar que é sério, parece que tem medo do governo!!!
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  • Thiago

    Sexta-Feira, 18 de Março de 2022, 16h13
  • O edital de retificação 01 é claro: 406 redações por polo (local de realização da prova) e por cargo EPC e IPC, basta ler. Se o SSP e DG em substituição não leram quando assinaram, não há o que fazer, a retificação é explícita quanto ao direito perquiridi pelos Impetrantes. Ademais, não vejo motivo para que os já aprovados se demonstrem irresignados, pois os mesmos não serão reprovados, apenas o número de correções que aumentará e a nota de corte que diminuirá, observando-se polo e cargo, e claro, o mínimo de questões por grupo. É benéfico para o Estado um maior número de aprovados, primeiro, em razão do alto custo que a realização de uma academia demanda. Além disso, o déficit de servidores é extremamente alto, tanto é que os plantões no interior do Estado são realizados apenas por um(a) policial (vivência na na prática em fronteira), o que é desarrazoado por questões óbvias. Ademais, a realização de sobreaviso, que sobrecarrega o policial é ilegal. Um aumento no número de novos policiais é questão de ética e respeito!!
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  • Monica

    Quinta-Feira, 17 de Março de 2022, 20h56
  • Esse concurso deveria ser anulado por que as pessoas investiu e foi um horror eu conheço pessoas que fizeram falou que telefone vibrava na sala não teve detector de metal os alunos que acharam pediu a sacola e colocou o celular outras não se já começou assim imagina o perfil dos profissionais que vão servir a população uma vergonha isso
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  • Fl

    Quinta-Feira, 17 de Março de 2022, 17h54
  • Kkkkkkkk, eles não desistem
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  • Zorro

    Quinta-Feira, 17 de Março de 2022, 16h27
  • Vou resumir em poucos palavras, não vai dar em nada esses Mandados de seguranças, porque tudo vai terminar em pizza em razão do precipício da oportunidade.
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  • Moraes

    Quinta-Feira, 17 de Março de 2022, 11h33
  • Sou corno e chifrudo o PM PAU DE ANTA arrebenta com as vadias da minha muié e filhas não sei o que fazer, onde posso denunciar esse abuso sexual ? Mas também na minha família só da piranhas e corno
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  • Erasmo

    Quinta-Feira, 17 de Março de 2022, 09h37
  • Isto é uma vergonha!! O concurso para Delegado teve as mesmas denúncias. Vazamento de prova, pacote de provas violadas, etc. Tudo normal, farinha pouca, meu pirão primeiro. Salve - se quem puder.
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  • Cidadão Cuiabano

    Quinta-Feira, 17 de Março de 2022, 07h40
  • Vejo muitos comentários falando em corrupção, ilegalidade, etc. As irregularidades devem ser apuradas e se houver alguma fraude COMPROVADA, devem anular o concurso. Em relação a concursos anteriores, NÃO HÁ nada que prejudique a imagem da UFMT. Para o concurso da PJC nesse ano, foram mais de 33.000 inscritos, será que somente esses 51 candidatos foram prejudicados pela correção?
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  • Silva

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 21h00
  • Já começou a baixaria dos reprovados novamente? Kkkkkk
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  • Leitor

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 17h29
  • Concordo com as palavras do colega Marcos Pereira. Não fiz a prova, tampouco me interesso nos cargos, mas ver quantas pessoas foram prejudicadas é inaceitável, desleal e imoral. Acredito que aqueles que entraram com recurso e estão pagando advogando não tiraram nota baixa, ninguém faria isso em vão. Seria justo pelo menos a UFMT refazer a lista e chamar mais candidatos seguindo o edital. Todos sairiam ganhando (os que já estão listados, os que deveriam estar listados e nós, população. Imaginem quantos profissionais da segurança em nosso estado teríamos a mais). Um colega fala ai que a lista é por cargo, mas se a lista é por cargo, qual seria a lógica de retificar para cada polo/cargo/perfil? Vi pessoas que fizeram 70% da prova (Investigador)e não foram chamados por falha da ufmt.
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  • Marcos pereira

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 14h30
  • Tem um monte de besta, que acha que só porque passou, os demais que não passou não deve brigar pra fazer um concurso justo e legal. Esse tipo de pessoa que só olha o umbigo dela, sem se importar para as infinitas irregularidades nesse concurso, será os policiais civis/militares que no futuro serão corruptos, pois enquanto estiver bom pra eles, fodasse se é ilegal e imoral. Deve sim REFAZER ESSE CONCURSO com umabanca mais séria, que preze pela Legalidade. Porém como estamos na terra dos tupiniquins, onde a corrupção, o favor de gabinete e a imoralidade corre solta, já estou até vendo... VAI TERMINAR TUDO EM PIZZA. NO FUNDO NAO SOBRA UM PRA FAZER VALER OS DIREITOS E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO, TA TODO MUNDO NA MESMA LAIA.
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  • Luiz Faria

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 13h23
  • Banca desprezaram, parecia aplicacao de prova semestral do 2 Grau! Deixaram as "tiazinhas" tomando conta da segurança da prova.
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  • Ezequiel Dias

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 11h51
  • !!!@ NOTA Média desses CANDIDATOS
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  • Charlie

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 11h45
  • ISSO QUE DA ESSA BANCA PORCA E CORRUPTA ! SOORRATEIRAMENTE QUERIAM PREJUDICAR OS CANDIDATOS. CHUPAAAAAAAAAAAAAAAAAAA !
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  • Alicleis

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 11h17
  • Tudo um bando de reprovados que não esturam, não se empenharam, aí agora vem com esse mimimi do caralho! Acha um aí que tirou uma pontuação digna, duvido! Estudem mais, se empenhem mais, que na próxima dá certo! Agora querer atrasar o lado das pessoas que se aplicaram e demais!
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  • concurso

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 09h41
  • é incrível como os outros jornais são políticos, o folhamax publica tudo desse concurso bagunçado os outros ignoram o certame ... foramauro,foraboso......
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  • INDIGNADA

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 09h29
  • Esperamos que uma Juíza concursada olhe para isso com mais respeito que não está sendo olhado por outros.... já que também passou por estudo, concurso e pela trajetória tem muita ética nas suas análise e vida.... há esperança
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  • SAYMON

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 09h23
  • Governo MAURO MENDES...marcado por editais concursos com prazos relâmpagos e com critérios e classificações contestadas pela sociedade, políticos, judiciário. Vergonha.
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  • Tico Miamendes

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 08h52
  • UFMT - falhou COMISSÃO QUE FEZ O EDITAL- falhou CANDIDATO QUE NAO USOU CELULAR - falhou SECRETÁRIO DA SESP EM BANCAR AS FALHAS - falhou GOVERNADOR EM NAO ANULAR - falhou e falha. Muitas falhas ! Parabéns pela organização do MEGA CONCURSO DE FALHAS.
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  • SOCRATES

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 08h43
  • Banca é UNB, FGV, FUNCAB... Governador foi querer fazer um mega concurso e saiu uma mega cagada, mas ele vai perceber que quantidade de fato e melhor que qualidade , votos dos aprovados 2 mil votos, votos dos reprovados 50 mil.. Mas ele até agora deixa o Bundamante falar , falando igual a Dilma, estocando vento! Joga a responsabilidade para UFMT, a única culpada foi a UFMT , não teve competência, errou, falhou, o que teve de pessoas mundano foto do RG e fazendo em nome de outra pessoa não esta escrito, o que teve de gente que chamou uber e pediu ifood de dentro da sala também nao esta escrito!
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  • Aprovado

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 08h21
  • Na verdade eles que estão fazendo manobra. A inscrição não era por polo! Outra o caractere / deixa claro que pode ser qualquer uma das opções. No caso, a lista é para o cargo.
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  • Waldir cpa

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 08h03
  • Já vi isso antes. Sugestão: cancela, corrige os erros, responsabiliza os responsáveis e faça novamente. Erros do passado, não poderia acontecer em tempos atuais. Obs: meu interesse é apenas fazer as coisas certas, não fiz e nem pretendo concorrer.
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  • de olhos abertos, QUE SEJA FEITA JUSTIÇ

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 07h52
  • Já esta virando balburdia esse concurso, com tantas bancas sérias no país, foram contratar essa amadora da UFMT, que por ser do Estado e formar cidadãos, deveria ao menos fazer um certame dentro do que rege a legalidade, embora sabemos que as cabeças "pensantes", ditos organizadores, não possuem ética, profissionalismo e competência para gerência, pois estamos vendo isso, ou seja, é notório, mas estes organizadores incompetentes insistem em dizer que são questões pontuais, quando levaram a sério um concurso público, o dinheiro público, as pessoas que vieram de fora do Estado, que deixaram suas famílias pra tentarem conquista um cargo público, com dignidade, com hombridade, seria pedir demais, agir com respeito ao bem público e de quebra no ser humano honesto, trabalhador, sonhador, estudante e progressistas? É PEDIR DEMAIS SERÁ? DO GOVERNO NÃO SE PODE ESPERAR NADA MESMO, TENDO EM VISTA QUE JÁ SE POSICIONARAM E COMO ERA DE SE ESPERAR, O TAL RESPONSÁVEL PELA PASTA DISSE QUE "AS DENÚNCIAS PARTIRAM DOS QUE NÃO ALCANÇARAM A MÉDIA PARA CORREÇÃO DA REDAÇÃO", LOGO ENTENDE-SE QUE ESSE SER NÃO ENTENDE DE NADA MESMO.
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  • Laura - cpa 3

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 07h19
  • logo nesse que eu passei...que tristeza! agora eh estudar de novo pra passar de novo. credo.
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  • Gui

    Quarta-Feira, 16 de Março de 2022, 07h14
  • Manobra quem está tentando fazer são esses que se quer alcançaram a nota mínima nas provas, e que por sinal, não foram difíceis, agora estão desesperadamente tentando, em vão, anular o certame. Conselho: juntem os cacos, levanta a cabeça e parte para o próx concurso.
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