Um momento dedicado à motivação, reflexão e conhecimento dará suporte às escolhas de 34 acadêmicos de Direito que participaram do programa Nosso Judiciário, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), na tarde desta quarta-feira (04 de junho). O grupo, formado por alunos do 7º semestre do Estado de Mato Grosso (Unemat - Cáceres), ampliou a percepção de como funciona a Justiça de Segundo Grau e recebeu recomendações sobre como construir uma carreira jurídica a partir de um ideal.
Desembargador há três meses, Deosdete Cruz Júnior, compõe a Corte do Poder Judiciário de Mato Grosso após 20 anos de atuação no Ministério Público Estadual. Parte da trajetória do magistrado e as especificidades de atuação entre as carreiras conduziram o encontro entre o desembargador e futuros acadêmicos de Direito.
“Quando atuamos como membros do Ministério Público o costume é estar alinhado com os anseios da sociedade. Postulamos em nome do interesse público, promovemos ações que a população compreende e, muitas vezes, apoia. Como magistrado é preciso julgar com base nos autos, nas provas, na lei. E isso, muitas vezes, significa contrariar expectativas”, explica Deosdete.
A mudança de carreira foi apresentada como um desafio para novos aprendizados e motivação que foi compartilhada com os estudantes presentes. “Assim como vocês estão aprendendo na graduação, estou em fase de aprendizado. O aprendizado deve ser contínuo para quem aceita desafios”, reforça.
Motivação
Conforme o magistrado, a afinidade com o Direito segue como um fator motivacional e ideal de atuação. Ele aconselha que os futuros operadores do Direito construam suas bases já na faculdade. “No começo há dúvidas. Eu mesmo tinha: Ministério Público ou Magistratura? Só fui me encontrando com o tempo, pelas afinidades com as matérias, pelas experiências que fui vivendo. Mas o importante é ter um ideal — um propósito que nos conduza e o mais bonito é que esse ideal pode nascer na graduação. Quando a gente entende que pode fazer a diferença, que pode servir à sociedade com responsabilidade, o caminho ganha outro sentido”, declarou o magistrado.