Cidades Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 00h:45 | Atualizado:

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MARIA DA PENHA

Advogado defende afastamento do presidente da OAB e "pente fino" nos indicados ao TJ-MT

Mahon cita súmula da própria OAB que proíbe inscrição de condenados pela Maria da Penha

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O advogado de Cuiabá, Eduardo Mahon – conhecido por representar clientes ricos e poderosos em processos na Justiça Criminal -, saiu em defesa de sua colega, Luciana Póvoas, que teria sido agredida pelo marido, o também advogado Leonardo da Silva Campos. O suposto agressor é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso.

Em texto publicado na tarde desta quinta-feira (28), Mahon pediu “vênia” (desculpas) a Leonardo Campos, e preferiu oferecer sua “solidariedade” a Luciana Póvoas. Ela é filha da desembargadora do Tribunal de Justiça (TJMT), Maria Helena Gargaglione Póvoas.

“Por enquanto, com a vênia do atual presidente, penhoro a minha solidariedade à Dra. Luciana Póvoas, oriunda de uma família de notáveis professores mato-grossenses como Nilo Póvoas e seu filho, o intelectual Lenine de Campos Póvoas. Minha solidariedade à mãe, querida amiga, Dra. Maria Helena Gargaglione Póvoas, nossa combativa representante da advocacia no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso. É complicado para qualquer autoridade pública lidar com um caso tão exposto”, disse Mahon.

O advogado lembrou ainda em sua manifestação que uma súmula do Conselho Federal da OAB, publicada em 2019, proíbe a inscrição nos quadros da Ordem de pessoas acusadas de agredir mulheres. Mesmo opinando não ser este o caso, Eduardo Mahon defendeu o afastamento de Leonardo Campos da presidência da seccional do órgão em Mato Grosso.

“Pontuo que, em 18 de março de 2019, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil editou súmula vedando ao advogado agressor de mulheres a entrega de carteira profissional por falta de idoneidade. Não é o caso em apreço, todavia. Ainda assim, como o suposto agressor é o próprio presidente de uma das Seccionais da OAB, convém que se afaste do cargo enquanto se desenrolam as investigações preliminares, pelo menos”, defendeu Mahon.

Ao final do texto, Mahon também aproveitou para fazer política. Contrário ao grupo que elegeu Leonardo Campos à presidência da Ordem, ele afirmou que a indicação do chamado “Quinto Constitucional” deve ser feita somente aos membros da Ordem que não tenham sofrido “acusações criminais”.

“Aproveito a oportunidade para exortar o Conselho Estadual da nossa entidade representativa operar um criterioso escrutínio dos futuros candidatos à vaga do quinto constitucional do TJMT. É preciso que tenhamos um representante politicamente isento, com ampla experiência, perfil que não se ligue a advogados acusados criminalmente ou já objeto de operações policiais, alguém que possa representar a advocacia do Estado e não somente de um grupo que, aliás, precisa apear do poder”, sugeriu.

Nos próximos dias, o Tribunal de Justiça deve abrir nove novas vagas para desembargadores. Uma deles deve ser destinada a indicação da OAB.

O CASO

Leonardo Campos, também conhecido como “Leo Capataz”, foi preso na madrugada desta quinta-feira após a suspeita de ter agredido a esposa, Luciana Póvoas, numa discussão que teve início na noite da última quarta-feira (27). Pouco depois ele foi liberado pelo juiz.

Em nota, Leonardo Campos explicou que ele próprio solicitou ao juiz que determinasse seu afastamento da esposa e do filho como medida protetiva e pediu “respeito” em razão do momento familiar delicado. Ele nega ter agredido fisicamente a companheira.

Sua esposa, no entanto, trouxe uma versão diferente: à Polícia Judiciária Civil (PJC), Luciana Póvoas revelou que ambos estão divorciados, mas residindo na mesma casa, em razão das agressões físicas e psicológicas constantes por parte de Leo Capataz. Ela conta ainda que temeu por sua vida em razão do advogado possuir uma arma de fogo e confidencia que as agressões foram superadas para manter o “padrão de vida do filho”.

A advogada diz ainda que se cansou de usar roupas largas para esconder as marcas das agressões, e que se sentiu “escrava” e “submissa” ao marido.

 





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Comentários (9)

  • Clarice

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 13h17
  • Advogada e integrante de familia tradicional,Não precisava se sujeitar as violências que a mesma alega ter sofrido. Derepente me lembrei da ex esposa do Pita
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  • Jo?o P? de Mesa

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 11h37
  • Cecero ...
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  • Dr Alessandro

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 10h19
  • Oportunistas agora surgem de todos os guetos. A ex-mulher dele é advogada, poderia muito bem ter saído de casa e ele para evitar a exposição não pediu a separação de corpos na Justiça. Na eminência de ser indicado para a vaga de desembargador coincidentemente a ex aparece na mídia com toda essa publicidade. Faça -me o favor.
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  • Bom baile aos convidados do diabo

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 09h03
  • Quando a briga é por poder e dindim em sociedade familiar .... o diabo faz festa de arromba...... Com direito a cotoveladas para ninguém ficar de fora! Bom baile a todos!
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  • Critico

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 08h50
  • Ficou patente que esse advogado é um tremendo puxa saco com interesses ESCUSOS
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  • Hugo

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 08h23
  • A filha da Maia Helena podia ter poupado a sociedade e a família e não ter lavado roupa suja em público. Muito feio.
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  • Jos? Carlos J?nior

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 07h37
  • Um idiota que caiu no ostracismo! Só aparece nessas horas! Ele podia falar dos clientes que ele chantageia, que intimida e que sumiram do seu escritório pela sua falta de caráter!
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  • Amanda Duarte

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 06h51
  • Acusado diferente de condenado. Esse gosta de aparecer e só diz bobagem.
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  • Trabalhador honesto

    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 04h12
  • Esse tal Dr. presidente do OAB é uma vergonha, falso moralista e convarde deveria estar preso isso sim!!! MACHÃO!!!
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