O ex-comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Nerci Adriano Denardi, foi transferido para a reserva remunerada depois de 29 anos e 3 meses de serviços prestados à instituição que ele comandou por dois anos, entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015. O ato assinado pelo governador Mauro Mendes (DEM) foi publicado no Diário Oficial do Estado (Iomat) que circulou nesta terça-feira (30 de julho).
Conforme o documento, a transferência do militar para a inatividade mediante reserva remunerada ocorre a pedido dele que contabiliza um tempo total de 30 anos e cinco meses de serviço para efeitos de aposentadoria. Conforme a folha salarial de junho deste ano disponível no portal transparência do Governo do Estado, o coronel recebia um salário bruto de R$ 31,167 mil.
Denardi é réu numa ação penal derivada da "Operação Convescote" deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) em 20 de junho de 2017 para desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar mais de R$ 3 milhões. Ele é processado pelo crime de falsidade ideológica.
O coronel foi alvo da 2ª fase da Operação Convescote deflagrada em 30 de junho de 2017. À ocasião, ele foi conduzido coercitivamente à sede do Gaeco para prestar esclarecimentos. Na época, Denardi estava lotado na Coordenadoria Militar da Assembleia Legislativa.
Depois da operação policial, a Corregedoria da Polícia Militar instaurou processo administrativo disciplinar contra o policial. Em decisão do dia 27 de junho deste ano, a juíza Ana Cristina Silva Mendes, responsável pela ação penal que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou o compartilhamento de provas do processo com a Corregedoria da PM para instruir o PAD contra Nerci Denardi.
A Operação Convescote investigou um esquema de corrupção que já tinha comprovado, até aquele momento, um desvio de mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos através de uma organização criminosa montada dentro da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe).
A Fundação tinha contratos com a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Prefeitura de Rondonópolis e Secretaria de Estado de Infraestrutura. De 2011 em diante, a Faespe recebeu mais de R$ 70 milhões em contratos com esses clientes entre compras de serviços e transferências. Em julho de 2017 quando a operação estava na 2ª fase, 22 pessoas já tinham sido denunciadas pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, todos em continuidade delitiva.
Tania Cabral
Quarta-Feira, 31 de Julho de 2019, 16h30pedro Souza
Quarta-Feira, 31 de Julho de 2019, 16h06Zaqueu
Quarta-Feira, 31 de Julho de 2019, 15h35Gilson
Quarta-Feira, 31 de Julho de 2019, 13h12INDIGNA??O
Quarta-Feira, 31 de Julho de 2019, 13h11