A BR-163, principal rota de escoamento de soja, milho e algodão, foi inaugurada em 20 de outubro de 1976 e, desde então, jornalistas da Rede Matogrossense de Comunicação (RMC) acompanham a evolução e os desafios dos trechos que cortam Mato Grosso. Em 2016, uma reportagem do Guto Abranches abordou o tema e falou dos grandes gargalos que a estrada enfrenta devido ao grande número de acidentes registrados (assista acima).

A BR-163 liga os estados Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará. O ponto de inauguração da rodovia foi às margens da cachoeira do Curuá (PA), pelo então presidente da República Ernesto Geisel. Em Mato Grosso, o Marco Zero da BR-163 é a Comunidade São Cristóvão, em Lucas do Rio Verde.

A construção da rodovia fez parte do Plano de Integração Nacional do governo Geisel. O objetivo era interligar a região norte do Brasil com as demais, por via terrestre, devido a pressão internacional pela ocupação da Amazônia. Em 1970, foram criados o 8º e o 9º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) e instalados em Santarém (PA) e Cuiabá para implantar a rodovia entre as duas cidades.

Em meio a dificuldades, como a malária, falta de equipamentos, atoleiros, poeira, comunicação ineficiente, afastamento da família e desabastecimento, as obras da rodovia seguiram até a região da Serra do Cachimbo, localizada no sul do Pará e ao norte de Mato Grosso. Dependendo da área, a equipe recebia alimentos por meio de arremessos aéreos.

 

Atualmente, cerca de 70 mil veículos passam pela rodovia, diariamente, com 70% deles sendo transportes de carga. A BR-163 é considerada de extrema importância para o setor agropecuário.

Os problemas e as duplicações

Reportagens produzidas pela TV Centro América acompanharam temas como cobrança de pedágio e concessão da BR-163, sendo a Rota do Oeste a responsável pela rodovia desde 2014. Além dos inúmeros acidentes, em muitos casos, fatais, além das duplicações.

Desde a inauguração, quem passa pela rodovia sempre reclamou da falta de acostamento e buracos em diferentes trechos, com receio de acidentes, tanto que alguns motoristas apelidaram a BR-163 de 'corredor da morte'.

As duplicações vieram como uma solução para melhorar a qualidade da estrada e garantir a segurança dos motoristas. O repórter Diego Hurtado ouviu os usuários da rodovia e mostrou as obras de duplicação de alguns trechos, como de Itiquira a Sinop.

As obras de duplicação seguem em passos lentos até hoje. Este ano, o governador Mauro Mendes assinou a ordem de serviço para iniciar a duplicação de 50,8 km da BR-163, entre Lucas do Rio Verde e Sorriso, com investimento de R$ 428 milhões.

O prazo para a execução dos serviços é de 24 meses a partir da assinatura do contrato.