Com nove meses de atraso no prazo de entrega e um aditivo de aumento no valor de R$ 3,6 milhões no custo de desenvolvimento, a obra de restruturação do córrego Mané Pinto, no bairro Porto, tem gerado problemas que vão muito além do tempo e dos gastos. Por causa do enorme buraco aberto para a realização da restauração, empresários locais sentiram uma queda significativa no bolso.
Nesta quarta-feira (02), comerciantes do Centro Comercial Popular de Cuia-bá, do Mercadão do Porto e estabelecimentos da região realizaram uma festa, com direito a bolo, refrigerante e parabéns, comemorando 1 ano do “Buraco da Secopa”, nome dado pelos frequentadores do local à escavação feita para o progresso da obra. Segundo a presidente da Associação dos Comerciantes Populares, Aparecida Ribeiro de Oliveira, a obra dificilmente chegará ao fim, uma vez que poucos trabalhadores aparecem no local. “É raro vermos máquinas por aqui, parece que a construção foi abandonada. Assim fica complicado a obra ser finalizada, e nós comerciantes é que sofremos as consequências”.
Ela pede esclarecimento por parte do secretário extraordinário da Secopa. “Eu gostaria que o secretário Maurício Guimarães viesse aqui, e acompanhasse o nosso dia a dia para entender o que estamos passando. É um completo descaso com 2 mil pais de famílias, que tiveram uma queda de 90% nas vendas, e também com o consumidor, que não consegue chegar aqui, porque nem ônibus está passando nessa região”.
Cleide Barbosa Mabaço é proprietária de uma banca no Centro Comercial desde a inauguração do espaço e conta as mudan-ças notórias que vem enfrentando por causa da obra. “Quando os clientes começaram a frequentar e conhecer o local, fizeram esse buraco que não tem previsão para ser fechado, prejudicando visivelmente as vendas. Estamos pagando para trabalhar”.
OUTRO LADO
Em nota, a Secopa informou que o trecho que passa em frente ao centro comercial será finalizado até o final deste mês.