O sofrimento da população e usuários da MT-130, que liga cidades do Sul de Mato Grosso com forte poder econômico, parece não bastar para que o Governo adote iniciativas firmes e necessárias. É preciso o vexame; expor o Estado ao que já é visto como caótico. Como agora, o fato de carretas e caminhões estarem atolados em pleno ‘asfalto’. Isso mesmo: num dos seus vários trechos que receberam obras de asfaltamento, o pavimento simplesmente sumiu e virou lamaçal.
O local onde caminhões carregados de grãos e calcário ficaram presos no atoleiro é conhecido como “Gogo da Ema”, palco de inúmeros acidentes, muitos com vítimas fatais. Nesse ponto, segundo os usuários, de nada adiante colocar asfalto novo se a base toda já foi danificada. Eles dizem que reparos não são mais o suficiente.
Com os veículos atolados onde já foi asfalto – o que caracteriza falta de manutenção e serviço de baixa qualidade - a pista ficou interditada, gerando grandes transtornos para os demais usuários. Pela rodovia passam quase 400 mil toneladas de cargas de empresas de calcário sendo a grande maioria delas para a região de Paranatinga, Gaucha do Norte, Primavera do Leste, Planalto da Serra e Santo Antonio do Leste. Há também forte produção de soja.
Na semana passada, empresas transportadoras decidiram se unir com as empresas de calcário e Prefeitura Municipal para tentar amenizar a situação caótica da rodovia MT 130. Decidiram fazer o papel de um Governo que consideram ‘devagar, quase parando’. Em vários pontos os empresários começaram a colocar rejeitos das calcalheiras em quatro pontos considerados críticos. A medida foi tomada após o Governo não se importar com a série de denuncias e queixas.