No encontro do projeto Círculos Coloridos da Saúde, realizado no Fórum de Chapada dos Guimarães nesta sexta-feira (16), foi promovido um Círculo de Paz com o tema “Entre o Copo e a Chave: Escolhas que Salvam Vidas”. A iniciativa trouxe à tona reflexões profundas sobre os efeitos do álcool associados à direção e a importância da segurança no trânsito.
A roda de diálogo, que integra a Justiça Restaurativa, reuniu profissionais da saúde, policiais militares, condutores, membros da comunidade e o coordenador local do Detran, em um espaço marcado pela escuta respeitosa e empática. Facilitadores capacitados conduziram a conversa, proporcionando um ambiente seguro para que os participantes compartilhassem experiências e ponderassem sobre as consequências trágicas do consumo de álcool ao volante.
Entre os temas debatidos, destacaram-se perguntas cruciais: por que ainda é comum dirigir sob efeito de álcool? O que faz com que essa prática seja tão naturalizada? E, principalmente, como transformar essa realidade por meio da mudança de hábitos, reforço da fiscalização e promoção de uma cultura de respeito à vida?
O diálogo revelou que valores como responsabilidade, empatia e cuidado coletivo são fundamentais para a construção de um trânsito mais seguro. “O trânsito é muito mais do que regras e sinais — é um reflexo da forma como nos relacionamos como sociedade”, destacou um dos participantes. Nesse contexto, as escolhas individuais são decisivas para proteger ou colocar em risco a vida de todos.
O encontro fez parte de uma série de ações coordenadas pelo juiz Leonisio Salles de Abreu Junior, idealizador do projeto Círculos Coloridos da Saúde, que busca articular práticas restaurativas com a promoção da saúde e cidadania. Ao final da atividade, relatos emocionados dos participantes evidenciaram o impacto positivo da escuta qualificada e do diálogo aberto, reacendendo compromissos pessoais com a prevenção e a mudança de comportamento.
O juiz Leonisio reforçou a mensagem central do encontro: “A vida é insubstituível e merece ser protegida com responsabilidade, coragem e consciência”. Que o espírito desse Círculo reverbere não só no Fórum, mas também nas ruas, escolas, lares, postos de saúde e abordagens policiais — em cada decisão que envolva o volante e a preservação da vida.