A base de apoio da 2ª Companhia da Policia Militar do Parque Cuiabá, ligada ao 9º Batalhão da PM do Tijucal/Coxipó, foi inaugurada no bairro Coophema, na noite de ontem (20). A estrutura foi montada no Centro Comunitário, e vai atender sete bairros da região.

O bairro Coophema já teve um posto policial, mas por falta de efetivos policiais e de recursos financeiros foi desativado pelo governo do estado. A construção de uma base na comunidade é uma reivindicação antiga dos moradores.

A solenidade foi prestigiada pela comunidade e autoridades políticas da região. A base otimizará o patrulhamento ostensivo, evitando de os policiais voltarem sempre à 2ª Companhia no Parque Cuiabá.

O subcomandante da Companhia da Polícia Militar do Parque Cuiabá e Região, Amorim, afirmou que os policiais que fazem a ronda ostensiva têm um ponto de apoio e, com isso, melhorar a segurança na região. De acordo com Amorim, seis policiais e duas viaturas fazem o patrulhamento em pelo menos 30 bairros.

"Hoje, a PM está mais próxima da comunidade. Pelo menos duas viaturas vão fazer a ronda preventiva. A presença da polícia inibe à ação dos bandidos. As maiores ocorrências estão relacionadas a brigas de estudantes, nas saídas das escolas e de roubos de celulares", disse Amorim.

Para o presidente da Associação de Moradores do Coophema, Osvaldo Valentino,  o sonho da comunidade é à construção de uma base comunitária. O projeto, segundo ele, já foi aprovado pelo Governo, mas esbarra na falta de dotação orçamentária para o inicio das obras.

"É uma luta de oito anos, hoje temos o Conselho Comunitário de Segurança Pública e a base de apoio, mas o projeto à construção da companhia está aprovada, falta apenas recursos financeiros. Não vamos desistir. A luta continua" disse Valentino.

O ex-presidente do Coophema, Glicerio Leite, lembrou que no bairro já teve um posto policial, na década de 1980, mas foi desativado pelo governo do estado. A base, segundo ele, era mantida com doações da comunidade.

"A logística - alimentação, água e gasolina - era bancada pelos moradores. Mas infelizmente o governo desativou a base comunitária que dava a segurança e a tranquilidade à comunidade. Esta é unida, mas quando depende do estado ou do município não tem guarida" explicou Leite.

Para o professor Vicente - morador do Coophema - a base de apoio da Policia Militar alimenta à esperança de a região - compreendida por sete bairros - ter sua própria companhia de policiamento. "Vamos lutar para que esse sonho se transforme em realidade. A área à construção já existe, basta vontade política para que as obras saiam do papel", disse o professor.