Cidades Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 18h:05 | Atualizado:

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ÁREA DOADA

Cuiabá terá 1ª aldeia urbana para famílias de venezuelanos

Área de 3,5 hectares foi cedida pela prefeitura e fica na MT-040

Da Redação

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emanuel

 

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, apresentou na manhã desta sexta-feira, 1º de março, o local que será cedido pelo município para realocação das 53 famílias venezuelanas indígenas da etnia Warao, totalizando 160 pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos que vivem em Cuiabá. Em respeito à comunidade, o prefeito convidou as famílias a conhecerem o espaço e somente anunciou a cessão da área após a anuência dos futuros moradores. Ao conhecerem o espaço, as famílias, emocionadas, consideraram a área adequada. A vistoria foi acompanhada por um representante do Ministério dos Povos Indígenas.

 O local possui uma extensão de três hectares e meio, conta com um lago, rede de energia elétrica, e nas proximidades existem escolas, postos de saúde, linhas de ônibus.

A área fica no bairro Jardim Novo Pequizeiro, às margens da MT-040, próximo onde está sendo executada a obra do Hospital Universitário Júlio Muller.  A cessão da área atende a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Defensoria Pública de Mato Grosso, Ministério do Trabalho, Funai, Conselho Indígenista Missionário (CIMI), Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso - FEPOIMT, (representando 43 etnias), Pastoral do Migrante, entre outros. 

“Essa é a nossa participação, em nome do espírito solidário do povo cuiabano. A nossa gestão, que é pautada na humanização dos serviços, principalmente quando se trata de famílias em situação de vulnerabilidade social. A atual situação em que vivem essas famílias da étnica Warao não é adequada, por isso que, prontamente, assim que me foi solicitada a indicação de possíveis áreas, já montamos uma força tarefa para que a solicitação advinda do procurador Paulo Prado fosse atendida o mais breve. E assim fizemos. Esse é o espaço  e agora vamos partir para a parte burocrática. Vamos fazer todos os procedimentos necessários para fazer o ato de doação da área”, declarou o prefeito Emanuel Pinheiro.

A resposta por parte dos representantes que acompanharam a visita foi de muita emoção, foi de muita gratidão e reconhecimento. O chefe do Executivo foi homenageado, onde recebeu um colar que representa proteção e um cocar, que significa poder. Uma carta de agradecimento foi entregue pelas famílias. Muito emocionada, a líder que falou em nome do grupo, Hernaida Rivero Estrella disse que, esse dia, esse local, não seria possível se não tivesse a ajuda de pessoas que se preocupam com o próximo.

“Por uma questão de lealdade e honestidade intelectual, quero deixar o meu sincero agradecimento ao prefeito Emanuel Pinheiro e de toda sua equipe. Não foi necessário instauração de inquérito civil, de judicialização, nada disso. Estamos aqui, todos reunidos, em prol desse importante causa, com os diversos ramos do Ministério Público, a Defensoria, o Poder Executivo e o resultado não poderia ser outro que se não o alcance dos objetivos que a gente tinha que era garantir direitos mínimos para os povos indígenas venezuelanos da etnia Warao. Em tão pouco tempo, foi viabilizada pela Prefeitura essa área, dentre outras melhorias, mas o primeiro é um local para habitarem”, afirmou o procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, titular da Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente. 

“São três hectares e meio, muito além do que nós solicitamos, nós solicitamos dois hectares para a construção de 60 casas, três hectares e meio, dá para você construir mais de 200 casas. E a possibilidade de tudo isso se transformar na primeira aldeia indígena urbana do Brasil. Então Cuiabá está de parabéns, a sociedade se viu, e vocês da imprensa que sempre acompanharam de perto essa situação”, acrescentou Paulo Prado.

“Em nome da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, quero aqui agradecer o acolhimento da rede municipal, no nome do prefeito Emanuel Pinheiro, que a gente teve esses dias trazendo essa compreensão para o atendimento à população indígena que precisa da ajuda de todos os entes federativos. A Prefeitura de Cuiabá tem se mostrado disposta a aceitar esse desafio, que é o acolhimento dessas famílias, que tem todo um histórico sensível para chegar aqui em Cuiabá e se sentiram acolhidos pelo Município. Registro a presença da FUNAI, da nossa coordenação regional, para que esse compromisso seja cada vez mais firmado. Precisamos discutir políticas públicas voltadas aos povos indígenas. Agora, para além dos territórios, a gente precisa pensar nas populações indígenas na cidade. Então, quero agradecer a oportunidade e nos colocar à disposição para seguir nesse apoio ao prefeito Emanuel Pinheiro”, declarou Bruno Canelas, do Ministério dos Povos Indígenas.

Presente à visita, o antropólogo e professor da UFMT, Padre Aloir Pacini, disse que o local apresentando pela Prefeitura de Cuiabá atende às expectativas. “A construção dessa aldeia urbana vai ser algo que nós vamos poder apresentar para o Brasil inteiro, porque é uma iniciativa especial. Estamos muito satisfeitos pois sabemos e reconhecemos a importância dessa atenção diferenciada. A Prefeitura de Cuiabá está de parabéns”, pontuou o antropólogo.

O procurador do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, Danilo Nunes Vasconcelos define a visita como mais um resultado dessa força tarefa em prol dos povos originários. “Esse local cedido pela Prefeitura de Cuiabá servirá de base para que possamos avançar e atender de fato essas famílias da etnia Warao”, destacou.

Desde o mês de novembro de 2022, a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, tem prestado assistência a esse grupo.

Faz-se importante destacar que todas as famílias atendidas estão devidamente cadastradas no Cadastro Único, o que lhes confere acesso a uma série de programas governamentais, incluindo o Programa Bolsa Família. Além dos benefícios eventuais, foram providenciados encaminhamentos para oportunidades de emprego, resultando na colocação de 28 famílias em empregos formais na empresa Cocremix e 5 na rede de supermercados Comper, todos com o suporte e orientação da equipe do CRAS Getúlio Vargas.

Participaram da visita, representantes da Defensoria Pública da União (DPU), Defensoria Púbica do Estado de Mato Grosso (DPE-MT), Ministério Público Estadual de Mato Grosso (MPE-MT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Indigenista Missionário de Mato Grosso (CIMI-MT), Centro de Pastoral para Migrantes, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Missionários Jesuítas e membros das famílias indígenas venezuelanas da etnia Warao.





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Comentários (14)

  • Paulo Henrique

    Domingo, 03 de Março de 2024, 13h44
  • Isso pode abrir precedentes e milhares de outra famílias de venezuelanos virão pra cá. Está simplesmente causando mais um caos urbano.
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  • Julio Márcio reiners

    Domingo, 03 de Março de 2024, 10h56
  • Parabéns a todos envolvidos nesse ato humanitário que maravilha um bom começo para mostrar pro mundo que aqui somos seres humanos que preocupam com o próximo.
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  • MARIA TAQUARA

    Sábado, 02 de Março de 2024, 11h29
  • Eu acho incrível. Os filhos destes assentados serão brasileiros e farão parte da história do nosso país, uma história de acolhimento a pessoas que tiveram que sair de suas nações por diferentes motivos. Foi assim com italianos e alemães que receberam terras do governo. Os únicos que não receberam terras do governo na história brasileira foram os africanos trazidos em navios negreiros de locais como Nigéria, Congo, Angola
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  • SEBASTIAO

    Sábado, 02 de Março de 2024, 08h01
  • O MAIS CORRETO É CONFISCAR AS TERRAS DOS GRANDES LATIFUNDIARIOS E DOAR PARA NOSSOS IRMAOS INDIGENAS VENEZUELANOS, QUE FORAM MUITO AFETADOS PELO EMBARGO AMERICANO. DE PREFERENCIA FAZER UMA NOVA RESERVA INDIGENA QUE IMPECA A CONSTRUCAO DA NOVA RODOVIA PARA CHAPADA PARA IMPEDIR ESTE HOLOCAUSTO AMBIENTAL.
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  • Kv

    Sábado, 02 de Março de 2024, 06h43
  • Palhacada
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  • JRD

    Sábado, 02 de Março de 2024, 05h09
  • Acho engraçado! O filho da puta do prefeito não ajuda os podres do próprio país e cidade a ter um lote se quer pra construir suas casas,mas tá ajudando ou melhor dando moradia para pessoas de fora do país. E os daqui não merecem não? É um total desvalor mesmo contra o povo Brasileiro. Quem votou em vcs não foram Venezuelanos não.
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  • Juízo

    Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 23h36
  • A Prefeitura Doa áreas como se fosse dona destas. Cuiabá é uma região colonizada por portugueses, estranho que tenham áreas em nome da prefeitura, espero que esta doação esteja fundamentada numa documentação que tenha cadeia dominial e cuja documentação seja legal, porque a Prefeitura está acostumada se intitular proprietária, sem nenhum domínio.
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  • Roberto

    Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 20h39
  • Só loby! O mesmo prefeito q apoiou o Lula q apoia o ditador, fizeram esse pessoal fugir da Venezuela ... doideira Não tem nada ver com direita ou esquerda ! É só usar a cabeça um pouquinho só.....
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  • Galileu

    Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 20h21
  • Não é querer negar ajuda, mas com essa atitude do Prefeito, parece que Cuiabá não tem nenhum problema de natureza social. Com toda certeza, haverá desvalorização dos imóveis na região do Piquizeiro.
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  • Flavio

    Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 20h18
  • Ohhh Raul os nossos indos brasileiro tudo bem,mais Índio venezuelanos... Não fala asneira vc irmão pq não ficam no seu país que é dominado por um ditador safado.
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  • J

    Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 20h14
  • Era o que faltava. Agora tem importação de índio. Já não basta os nossos.
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  • Raul

    Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 19h25
  • Joice não fale asneiras...os nossos indígenas tem áreas que não conseguem tomar conta de tão grande...vc preferem eles nas esquinas e semáforos da cidade né?
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  • Bruno

    Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 19h21
  • Que bom que já temos terra para todos os brasileiros, já podemos acabar com o MST
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  • Joice

    Sexta-Feira, 01 de Março de 2024, 18h57
  • Não sou contra doações aos estrangeiros, desde quando os nossos estejam todos devidamente assentados ou seja, os nossos não estão, então, mande esses índios p terra deles!
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