A defesa do coronel Etevaldo Caçadini, um dos réus pela morte do advogado Roberto Zampieri, pediu a substituição da prisão preventiva pela domiciliar alegando que ele foi implicado de forma indevida no processo. O coronel só responde ao processo em razão de um outro suspeito ter supostamente sofrido tortura para citar o envolvimento de Caçadini na morte de Zampieri, executado a tiros em Cuiabá no fim de 2023.
A defesa do coronel alega que o cliente “caiu de paraquedas” no processo em razão de uma suposta tortura sofrida na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), em Cuiabá, por Antonio Gomes da Silva, apontado como atirador que tirou a vida do advogado.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) ainda não decidiu se acata os argumentos para beneficiar o coronel reformado, que tem quase 70 anos, com a prisão domiciliar. Roberto Zampieri foi executado a tiros em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, na Capital, próximo ao seu escritório. A denúncia aponta que Antônio Gomes da Silva foi o autor dos disparos, tendo como suporte na ação o instrutor de tiros Hedilerson Fialho Martins Barbosa, além do coronel do exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas.
Segundo as investigações, Etevaldo contratou Antônio, um pedreiro, e o instrutor de tiros e despachante Hedilerson, para matar Roberto Zampieri. Em novembro de 2023, o executor procurou a vítima sob o falso pretexto de contratar seus serviços profissionais.
Ele chegou a marcar uma visita a uma propriedade rural com o advogado, com a intenção de matá-lo com uso de uma marreta. Na data marcada, o advogado mandou um amigo em seu lugar, frustrando o plano. Posteriormente, Antônio solicitou que Hedilerson lhe trouxesse uma arma de fogo para execução do crime, recebendo uma pistola 9 milímetros.
Há a suspeita dos crimes terem sido motivados por disputa de terras. O telefone celular de Roberto Zampieri teria indícios graves de um esquema de venda de sentenças não só no Poder Judiciário de Mato Grosso, como também no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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