Cidades Sábado, 15 de Março de 2014, 03h:19 | Atualizado:

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Deputado do RJ discute direitos humanos no curso de Geopolítica de Drogas

 

Da Redação

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Com um discurso franco, o deputado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Marcelo Ribeiro Freixo, ministrou palestra aos alunos do curso de Geopolítica de Drogas, em andamento na Academia da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, para capacitação de delegados, escrivães e investigações que atuam na repressão ao tráfico de drogas.

Recepcionado pelo delegado geral da PJC, Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, o diretor da Acadepol, Milton Teixeira, e a delegada titular da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes, Alana Cardoso, o deputado Marcelo Freixo debateu por mais de 4 horas questões de direitos humanos, apresentou dados do sistema penal brasileiro e falou da necessidade de mudança de olhar da sociedade brasileira.  

O deputado foi presidente a comissão parlamentar de inquérito das milícias, Assembleia do Rio de Janeiro, que indiciou 225 pessoas. Sua atuação resultou em inúmeras ameaças de morte a ele, que faz com tenha, há anos, a escolta de seguranças armados. Ele também chegou a ficar 15 dias na Europa por conta das ameaças.

Durante a conversa, Marcelo Freixo, que também é professor de história e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio, agradeceu o convite para vir a Cuiabá e poder contribuir com a formação dos policiais. “A minha expectativa é quebrar o olhar da tradição e romper com uma determinada naturalidade sobre coisas que não são naturais, no que diz respeito a dados do sistema penitenciário, homicídios e sobre vitimização”, disse.

Marcelo Freixo também defendeu mudanças no modelo estrutural da polícia brasileira. “A nossa estrutura de polícia é uma estrutura absolutamente ultrapassada e que tem como principal vitima os próprios agentes da polícia”, destacou. “Era muito importante que tivéssemos a condição de fazer uma polícia de ciclo de formação completa”, completou.

Para ele, a polícia tem que ser o principal instrumento de garantia dos direitos humanos e não instrumento de violação de direitos. “Nesse sentido fico muito feliz em saber que a Polícia Civil de Mato Grosso tem essa perspectiva, essa coragem de fazer um bom debate, diante de uma sociedade com tantas contradições”, disse.

O delegado Gustavo Garcia destacou a importância dos questionamentos na formação dos policiais, principalmente dos 27 delegados que integram o curso de Geopolítica, que logo estarão atuando no enfrentamento ao tráfico de drogas e outros crimes. “Importante ter essa reflexão no modo de atuar da Polícia e romper com a tradição e a partir daí tornar mais profissional o trabalho, sem preconceito. É buscar trabalhar de forma técnica, profissional, respeitando os direitos humanos para que se realize um trabalho de qualidade”, disse.

A delegada da Delegacia Especializada de Entorpecentes, Juliana Chiquito Palhares, também destacou a necessidade dos profissionais da segurança ampliar o conhecimento na área de repressão e conhecer as políticas sobre drogas. “Muito importante difundir esse conhecimento. Estamos tendo contato com profissionais da área, com sociólogo, com juízes e o deputado Marcelo Freixo. Está sendo muito enriquecedor. Acredito que todos sairão daqui com um novo paradigma, da questão do enfrentamento as drogas”, disse.

O curso Geopolítica de Drogas busca fortalecer a gestão policial no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento ao tráfico, diante de uma reflexão sobre as medidas adotadas atualmente no Mato Grosso, Brasil e outros países. O curso iniciou no dia 10 de março, com duração de três semana, e carga horária de 120h.





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