Cidades Terça-Feira, 10 de Junho de 2025, 08h:06 | Atualizado:

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APÓS 6 ANOS

Dívidas da Santa Casa sobem 154% durante a gestão do Estado

Somente as dívidas com bancos a Santa Casa soma mais de R$ 127 milhões

ALINE ALMEIDA
A Gazeta

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Seis anos após o governo do Estado assumir a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o primeiro hospital da capital de Mato Grosso, e transformá-la no Hospital Estadual Santa Casa, toda a estrutura física está prestes a ir a leilão e fechar as portas definitivamente. Um movimento de resistência, encabeçado pelo médico Paulo César de Figueiredo, que trabalha há 52 anos na unidade, começa a ganhar força. Nestes últimos 6 anos, sob o comando do Estado, o médico afirma que unidade acumulou uma dívida de R$ 305 milhões, um aumento de 154% em relação a maio de 2019, quando eram R$ 120 milhões. 

Somente as dívidas com bancos, referentes a empréstimos não ajuizados, a Santa Casa soma mais de R$ 127 milhões. Os débitos com encargos municipal, estadual e federal chegam a R$ 60 milhões. A planilha de passivos traz ainda as dívidas com ações trabalhistas e ações cíveis, que acumulam montantes de R$ 48 milhões e R$ 38 milhões, respectivamente. Ao todo, a somatória para chegar ao valor final é composta por 10 dívidas. 

Usaram a Santa Casa durante 6 anos e agora vão deixar o hospital e avisaram com um prazo pequeno para que a gente resolvesse. Quando o governo assumiu a unidade, a dívida do hospital era de R$ 120 milhões e hoje é de mais de R$ 300 milhões. A instituição sem fins lucrativos não pode falir, nem pode tentar recuperação judicial. Ela simplesmente determina em assembleia a insolvência. Quer dizer, ela não tem mais condições de continuar funcionando, disse Figueiredo. 

O médico, que é o primeiro patologista de Cuiabá e já foi diretor da Santa Casa, destaca que o fechamento vai resultar em profissionais desempregados e mato-grossenses desassistidos de atendimento médico. Ele destaca que antes de o estado assumir o local, uma fundação de padres camilianos estava em negociações e disposta a gerenciar a Santa Casa, arcando com todos os custos provenientes das dívidas à época. Eles iriam resolver a situação, só pediram mais um prazo. Porém, por um embate político entre governo do Estado e Prefeitura de Cuiabá, a gestão ficou sob responsabilidade estadual. 

Paulo também demonstra preocupação em relação aos equipamentos, já que o governador Mauro Mendes disse que os mesmos serão doados para o município de Cuiabá. Eles receberam a Santa Casa totalmente equipada, inclusive centro cirúrgico, UTIs. Não podem simplesmente retirar esses equipamentos. Se tirarem, iremos entrar com uma ação judicial.





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Comentários (2)

  • Crítico

    Terça-Feira, 10 de Junho de 2025, 16h22
  • Uma palhaçada o Estado deixar a Santa Casa, o Hospital que mais faz cirurgias em Cuiabá, assim, a Deus dará. Seria mais interessante pagar todo esse débito, do que investir 1 bilhão no Parque Novo Mato Grosso!
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  • muito louco

    Terça-Feira, 10 de Junho de 2025, 08h37
  • Ao que parece,a gestão do Sr. Mauro Mendes e do Secretário de Saude do Estado, não foram tão caracterizadas pela resolução saudavel quando da incorporação da Santa Casa pelo Estado, tudo caminha para um grande engodo e agora é hora de descartar a entidade filantrópica com dividas impagáveis e o resto que se f....., assim é mole administrar hospital né.
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