Cidades Quarta-Feira, 01 de Setembro de 2021, 08h:37 | Atualizado:

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EASY MONEY

Empresa de cosméticos lava R$ 460 mil de golpe da pirâmide em MT em 4 Estados

Localizada em Maceió, empresa está em nome de um dos envolvidos em esquema

WELINGTON SABINO
Da Redação

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Uma empresa de revenda de cosméticos, situada em Maceió, capital do estado de Alagoas, foi usada para lavagem de dinheiro e recebeu R$ 460,2 mil oriundos de vítimas de golpes de pirâmide financeira aplicados pelos integrantes de uma organização criminosa que era chefiada por um morador de Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Esses detalhes constam na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra 10 pessoas, todas alvos da Operação Easy Money, deflagrada pelo Gaeco no começo de agosto para prender os golpistas em Mato Grosso e mais quatro estados.

De acordo o Ministério Público, Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) que fazem parte do inquérito e também foram anexados ao processo, a empresa Mler Indústria e Comércio de Cosméticos, registrada em nome de Aline Lima Malta Evangelista, recebeu entre julho de 2018 a junho de 2019, créditos de R$ 460.271,00 e realizou débitos no valor de R$ 458.150,00. “Observa-se que a movimentação atípica ocorreu justamente, e não por acaso, em período que abarca o funcionamento do esquema piramidal”, diz a denúncia.

Aline é esposa de Renato Evangelista dos Santos, ambos denunciados na ação penal, apontados como integrantes da organização criminosa.  Conforme o Ministério Público, a organização criminosa chefiada por Mateus Pedro da Silva Ceccatto, de 28 anos, morador de Rondonópolis que faturou R$ 3 milhões com o golpe, e também pelo comparsa Agnaldo Bergamin de Jesus, responsáveis pela pirâmide King Investimentos, se valeu de ações de pessoas que atuavam fortemente no marketing e cooptação de novos investidores.

É nesse contexto que, segundo o Gaeco, entram Renato Evangelista e sua esposa Aline Evangelista dona da empresa, cuja atuação seria no comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, usada para lavar parte do dinheiro do crime.

O casal, juntamente com outro denunciado, Vinicius Silva Siqueira, é apontado como o principal responsável pelo aliciamento de novos investigadores por meio de marketing digital. “De fato foram encontradas diversas postagens e vídeos publicados por aqueles em plataformas digitais com demonstrações dos exorbitantes rendimentos auferidos e enaltecendo uma fantasiosa seriedade e transparência a fim de gerar credibilidade no discurso da King Investimentos, cabendo destacar que muitas destas publicações continuam disponíveis em plataformas como Youtube e Facebook”, diz trecho da denúncia.

Renato Evangelista, segundo da denúncia do MPE, desempenhava função de granjear em massa ‘investidores’, atuando fortemente na área de marketing digita da organização criminosa. “Em um vídeo, o acusado Renato Evangelista dos Santos diz: a King está aí hoje no mercado porque nós, youtuber, botamos a King pra frente. Ponto final”, consta em outra parte da peça acusatória ressaltando que no período de funcionamento da pirâmide, Renato adquiriu uma caminhonete S10 (16 de janeiro de 2019) com valor estimado em R$ 166,1 mil.

Ainda de acordo com o Ministério Público, Renato e a esposa movimentaram, durante o período de funcionamento da Orcrim, o valor expressivo de R$ 460,2 mil na conta bancária da empresa Mler Indústria e Comércio de Cosméticos. “Os indícios denotam ainda que Aline Lima Malta Evangelista atuava na Orcrim auxiliando seu cônjuge Renato Evangelista dos Santos em suas próprias funções, quando necessário, mas também mediante a utilização da conta bancária de sua empresa para movimentação dos recursos espúrios obtidos com a prática criminosa, com sua posterior reinserção no mercado com aparência de licitude, em atividade típica de lavagem de dinheiro”.

Por fim, o Ministério Público atesta que os Relatórios de Inteligência Financeira envolvendo a empresa confirmam a existência de indício do crime de lavagem de dinheiro. “Verifica-se indícios de que a acusada Aline Lima Malta Evangelista, com a concorrência de seu marido, o também acusado Renato Evangelista dos Santos, utilizava a conta bancária de sua empresa para movimentação dos recursos espúrios obtidos com a prática criminosa, tanto por ela quanto por ele, objetivando-se ainda posterior reinserção no mercado com aparência de licitude, em atividade típica de lavagem de dinheiro. Registre-se, ainda, que o acusado Renato Evangelista dos Santos concorreu, de forma consciente, para a ocultação ou dissimulação dos valores via utilização das plataformas Urpay e Mibank, na forma acima mencionada”.

OPERAÇÃO

Quando o Gaeco deflagrou a Operação Easy Money, no dia 10 de agosto, foram cumpridas 17 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão preventiva, busca e apreensão domiciliar e sequestro de bens, com alcance em 5 estados do Brasil. O Gaeco afirma que a quadrilha obteve ganhos ilícitos em detrimento de número indeterminado de pessoas, mediante processo fraudulento conhecido vulgarmente como pirâmide financeira que atua ao menos desde 2018 com ações desempenhadas em diversos Municípios do território nacional, dentre eles Rondonópolis, Cascavel (PR), Alagoas (AL) Osasco (SP) e Alegrete (RS), locais onde foram cumpridas as ordens judiciais.

 





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Comentários (1)

  • Oseas Machado

    Quarta-Feira, 01 de Setembro de 2021, 09h06
  • Tem malhando de todos os tipos, mais convenhamos, quem quer ganhar dinheiro muito fácil dá nisso, é melhor estar firmado em uma rocha, do que subir em uma montanha de areia, fica aí o recado. .
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