Cidades Sexta-Feira, 17 de Novembro de 2023, 15h:14 | Atualizado:

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PREOCUPANTE

Especialistas explicam motivo de recorde de incêndios no Pantanal

Pouca chuva e os efeitos do El Niño então entre os motivos

VICTÓRIA OLIVEIRA E AMÁBILE MONTEIRO
TV CENTRO AMÉRICA

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Nesta semana, os incêndios no Pantanal chegaram à rodovia Transpantaneira, que liga o município de Poconé, a 104 km de Cuiabá, a Porto Jofre, na divisa de Mato Grosso com Mato Grosso do Sul. No entanto, o bioma já vem queimando há mais de 30 dias, nos dois estados. Até o momento, o fogo consumiu mais de um milhão de hectares da biodiversidade, o triplo do que foi registrado no ano de 2022 inteiro. É o pior novembro em número de incêndios em 21 anos. 

Pouca chuva e os efeitos do El Niño explicam o recorde de focos de fogo em pleno período chuvoso, que vai de outubro a março, segundo especialistas. De acordo com o meteorologista Guilherme Borges existem regiões isoladas em que não se pode atribuir a culpa dos incêndios à ação humana.

"As pancadas de chuva na região não acumulam valores significativos e geralmente estão acompanhadas por raios. Quando esses raios atingem o solo e entram em contato com a vegetação já muito seca, favorecem a ocorrência de queimadas. Outro fator importante são os ventos, que ajudam a espalhar o fogo com mais facilidade", explica.

Guilherme ainda destaca que este ano é marcado pelo fenômeno El Niño, caracterizado por deixar a massa de ar mais seca sobre a parte central do país.

Assim, as temperaturas tendem a ficar mais elevadas, enquanto a chuva ocorre de maneira irregular, em pancadas associadas ao forte calor, sem acumular valores significativos que possam combater os focos de incêndio.

O coordenador de inteligência territorial do Instituto Centro de Vida (ICV), Vinícius Silgueiro, disse ao g1 que a situação atual dos incêndios, neste mês, é um claro indicativo das mudanças climáticas em curso. Segundo ele, os dados revelam a redução dos períodos de chuva, agravada este ano pelo fenômeno El Niño, resultando em um significativo aumento de temperatura.

"Essa situação do bioma pantaneiro mato-grossense dos incêndios faz com que Poconé seja o município líder em área queimada em todo estado de Mato Grosso. Mais de 15% do município já foi queimado", disse.

Pantanal em chamas

O fogo já consumiu mais de 1 milhão de hectares do Pantanal neste ano, o triplo do que foi registrado em 2022, conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ).

Somente nos primeiros 15 dias de novembro foram 3.024 focos, o pior registro para o mês na série histórica desde 2002, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Na última terça-feira (14), os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram emergência ambiental devido aos incêndios que avançam.





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Comentários (4)

  • Alexandre

    Sábado, 18 de Novembro de 2023, 08h52
  • É o governo do amor....
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  • César

    Sábado, 18 de Novembro de 2023, 08h51
  • Uai! Eu achando que era culpa do Bolsonaro ?
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  • Marcos Justos

    Sexta-Feira, 17 de Novembro de 2023, 21h26
  • Antes era Culpa do Bozo!! Agora é culpa do Molusco Ex presidiario.
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  • Dito

    Sexta-Feira, 17 de Novembro de 2023, 17h06
  • Governo Federal é o único culpado por esses incêndios, total descaso ao combate, agora surge essa conversa de raios? Só pode ser piada.... mais de mês sem chover no pantanal.
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