Cidades Quinta-Feira, 29 de Setembro de 2022, 00h:06 | Atualizado:

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DANO DE R$ 148 MILHÕES

Estado proíbe exploração de fazenda investigada pelo Gaeco

Sema cumpriu determinação da Justiça

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) suspendeu as autorizações para exploração florestal e a licença florestal da Fazenda Matrinchã II. O despacho, assinado pela secretária Adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos da pasta, Lilian Ferreira dos Santos, atende a uma determinação da juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

A fazenda é de propriedade da Família Crestani. Dois membros dela, os irmãos Fernando Bruno Crestani e Michel Alex Crestani foram presos durante a deflagração da Operação Hamadríade, em julho, pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

Eles teriam movimentado, irregularmente, cerca de 300 mil metros cúbicos de produtos florestais e geraram um dano aproximado de R$ 147,9 milhões aos cofres públicos. “Considerando a Ação Penal extraído dos autos em trâmite na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, na qual determinou a suspensão das atividades da Fazenda Matrinchã II, a fim de adotar as devidas providências no que tange à suspensão de licenças eventualmente concedidas. Diante da Consideração acima determino a suspensão do processo nº 7001146/2018 e dos efeitos da Prorrogação Autorização Para Exploração Florestal (RAUTEX-PMFS) nº 03023/2022, da Autorização para Exploração Florestal n° 3023/2020, da ClCF n° 3023/2020 e Retificação de Licença Florestal 193/2020”, diz o despacho da Sema.

O Gaeco apontou que a família Crestani possuía a propriedade das fazendas Matrinchã e Matrinchã II. As terras possuíam plano de manejo aprovado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) em nome de José Rodrigues, que seria um laranja.

De acordo com o Gaeco, as empresas beneficiadas pelos créditos gerados fraudulentamente teriam sido criadas irregularmente, havendo indícios de que seriam empresas de fachada ou registradas em nome de terceiros. As investigações apontaram ainda que sete dessas empresas seriam classificadas como desativadas ou inexistentes.

A manobra daria uma aparência de legalidade aos créditos, em tese, fraudulentos adquiridos pela organização criminosa. “Segundo os fatos narrados, os Representantes aduzem que a prática de maquiar a origem ilegal do produto florestal, fazendo uso em tese, de laranjas, com a atuação efetiva de engenheiros florestais e empresários, supostamente se configurou como meio de vida de diversas pessoas envolvida na Organização Criminosa, já identificados à época dos fatos apurados ainda na Operação “Terra à Vista”, ou seja, no ano de 2014”, diz trecho do pedido de prisão, à época da deflagração.





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Comentários (2)

  • Gabriela

    Sábado, 15 de Fevereiro de 2025, 22h33
  • Queria muito saber como essa fazenda ainda não foi embargada e teve os registros cancelados já que se encontra em uma terra indígena homologada em 2013.
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  • J A Silva

    Quinta-Feira, 29 de Setembro de 2022, 08h42
  • Esse povo, os Crestani, não seriam os mesmos de uma rede de postos de combustíveis?
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