Cidades Quarta-Feira, 21 de Setembro de 2022, 23h:19 | Atualizado:

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VAI E VEM SEM FIM

Estado reintegra fiscal da Sefaz suspeito de levar propina de R$ 40 mil

Sefaz já nomeou e exonerou Laurenio várias vezes nos últimos anos

TARLEY CARVALHO
Da Redação

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Sefaz

 

O Estado reintegrou o servidor Laurenio Lopes Valderramas, agente fiscal de tributos estaduais, que foi preso em 2009 ao receber uma suposta propina de R$ 40 mil. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira, 21, e atende a uma decisão da justiça matogrossense.

O Judiciário analisa um agravo interno de revisão criminal interposto pelo servidor. “O governador do Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais, considerando a liminar deferida no Agravo Interno na Revisão Criminal, determina a suspensão do ato governamental 3.693/2022, publicado no Diário Oficial do dia 16 de agosto de 2022, com o retorno do servidor Laurênio Lopes Valderramas, ao cargo de fiscal de tributos estaduais até o julgamento definitivo do mencionado processo judicial, com efeitos a partir da data de publicação”, determinou o governador.

O caso se arrasta desde 2009. Laurênio teria cobrado a propina de R$ 40 mil de Iran Pereira Rios para reduzir o valor do Imposto de Transmissão Causa Mortis (ITCD) que Iran deveria pagar aos cofres públicos em um processo de inventário.

Segundo Iran, Laurênio teria feito a proposta de propina sem utilizar de ameaça, mas demonstrando que o “negócio” seria vantajoso. Pereira então procurou a polícia e denunciou o caso.

À época, os dois se encontraram em um posto de gasolina da capital, dentro do carro funcional da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para o pagamento da propina, feito em espécie e dentro de um envelope. Iran usava um microfone para que a conversa dos dois fosse acompanhada pela polícia.

Assim que os agentes ouviram a confirmação de que o pagamento havia sido feito, eles interviram e prenderam o servidor em flagrante. Um processo administrativo foi instaurado no Estado para apurar a conduta do servidor e concluiu por sua exoneração.

Posteriormente, ele pediu a reanálise do processo e anexou documento registrado em cartório no qual Iran afirma que agiu para prejudicar o servidor. Ao analisar a nova prova, a Comissão Processante destacou que, embora o documento apresente uma nova versão dos fatos, o pedido não merecia prosperar porque o processo administrativo, diferente do judicial, tem por objetivo analisar se a conduta do servidor está dentro da lei.

No caso, por mais que o flagrante possa ter sido armado, o Estado destacou que o Laurênio recebeu a propina e nada fez para impedir que Iran pagasse a vantagem indevida. Então, ainda que tenha sido armação, o servidor não agiu dentro da conduta exigida em seu cargo, ressaltou o Estado.

Desde que foi exonerado, Laurênio tem interposto recursos e pedido de reanálise do processo administrativo, tentando reaver o cargo. Além disso, ele também tem acionado a Justiça para garantir o direito à função.

Vira e mexe o Estado o readmite e o exonera de seu quadro de funcionários. O salário do fiscal é cerca de R$ 30 mil por mês.

 





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Comentários (4)

  • Geronimo Pereira

    Quinta-Feira, 22 de Setembro de 2022, 15h46
  • Eita Carlos..a inveja atrapalha. Vai estudar pois trabalhar não tem coragem. Se seu pai morrer voce não sustenta sua mãe, seu irmão e seu filho. Se o servidor já foi reintegrado 5 vezes é porque com certeza é inocente.
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  • Joana

    Quinta-Feira, 22 de Setembro de 2022, 15h07
  • de que adianta denunciar? vem os eternos PADs que quase sempre dão em nada, fora as justificativas do tipo roubaram minha senha, não fiz nada, não vi nada, não fui eu, não é? igual na prefeitura de cuiaba, que tem funcionario concursado com cargo de chefia salario de mais de 10 mil que não trabalha 8 horas por dia, entra e sai quando quer, quem cuida do ponto deste povo?
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  • Carlos

    Quinta-Feira, 22 de Setembro de 2022, 11h09
  • Que coisa, isso nunca transita em julgado? Esse cidadão vive arrumando brechas e volta para a SEFAZ. Antes de passar em MT ele já tinha cometido delitos em outros órgão de outro Estado. Parece que a Justiça não consegue se impor. Porque será?
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  • José Rio

    Quarta-Feira, 21 de Setembro de 2022, 23h57
  • Funcionário público, nivel superior, no exercício de suas funções é pego em flagrante delito com propina e nada acontece, vai e volta amparado por inúmeros recursos juridicos de bons advogados, readmitido, recebendo salário de 30 mil. Coitado do pai de família que furta uma margarina no mercado...apanha até assumir o que não deve...BRASIL, chora menos quem pode mais!!!
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