Preso na última segunda-feira (11) e solto após apenas cinco horas detido, na audiência de custódia, o empresário e médico veterinário Aníbal Manoel Laurindo, apontado como um dos mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, alegou que a única ligação com suspeitos de terem cometido o crime foi o repasse de R$ 2 mil. De acordo com a defesa, comanda pelo advogado Wander Bernardes, o dinheiro seria utilizado para custear atos promovidos por bolsonaristas e foi encaminhado ao coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini.
Aníbal Manoel Laurindo foi apontado pelos investigadores como sendo um dos mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele foi preso na manhã de segunda-feira, ao se apresentar na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Cuiabá, para o cumprimento de uma prisão temporária de 30 dias.
Além dele, sua esposa, Elenice Ballarotti Laurindo, e seu irmão José Vanderlei Laurindo também são suspeitos de terem mandado matar o jurista após uma disputa de terra, na qual perderam uma fazenda, no valor de R$ 6 milhões, em Paranatinga (376 km de Cuiabá). A defesa de Aníbal apontou uma série de elementos que afastam a tese de que o empresário seria suspeito de cometer o crime.
No pedido, a defesa apontava que a prisão temporária seria uma medida extrema, sendo possível a aplicação de medidas cautelares. Entre os pontos detalhados, está ainda que os investigados não atrapalharam a investigação, não dificultaram a colheita de provas e muito menos causaram embaraço à conveniência da instrução criminal.
Os suspeitos também não mantiveram contato com os envolvidos, não coagiram nenhuma testemunha e tão pouco destruíram algum documento que, em tese, poderia incriminá-los. A defesa de Aníbal Manoel Laurindo destacou também que o suspeito se mudou para Mato Grosso em 1984, para gerir uma fazendo no Município de Poxoréo.
Além disso, ele montou uma franquia de aluguel de veículos em Rondonópolis e atuou na Associação Comercial da cidade por aproximadamente 15 anos, tendo ainda presidido o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano de Rondonópolis na gestão do prefeito Adilton Sachetti. O requerimento ressalta ainda que Aníbal Manoel Laurindo é idoso, tendo mais de 70 anos e é possuidor de patologias que demandam tratamento médico especializado, conforme consta em laudos, exames e prontuários de internação juntados, e que dificilmente ele terá acesso em qualquer estabelecimento prisional existente em Mato Grosso.
Os advogados também destacaram a falta de provas para incriminá-lo, tendo em vista que o único valor transferido para um dos envolvidos, seria R$ 2 mil, em 8 de setembro de 2023, dinheiro que foi repassado ao coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini. A defesa destacou que Aníbal Manoel Laurindo e o suspeito integravam um grupo no WhatsApp de apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
“O grupo além de debates e opiniões políticas entre os integrantes, também organiza atos e passeatas democráticas e pacíficas em favor da democracia e liberdade de expressão, em especial de apoio ao ex-mandatário da República. Nesta linha, em convivência diária através do citado grupo de mensagens, possuindo o mesmo viés ideológico-político, o Sr. Anibal e o Coronel Caçadini estreitaram um laço de aproximação”, apontou a defesa. Aníbal Manoel Laurindo destacou que, além das ideias e do posicionamento político com o grupo, ele também oferecia pequenas contribuições para custear os atos e as passeatas, tendo solicitado que sua esposa fizesse a transferência para o militar.
PROMESSA
Foi juntado ainda uma mensagem enviada pelo aplicativo, onde ele explica que o dinheiro repassado era relativo a uma promessa feita ao oficial do Exército. “Portanto, com a finalidade de diluir qualquer tese de que há suspeita de pagamento por partes dos investigados para que o Coronel Caçadini, em tese, supostamente, tenha em concurso de pessoas praticado o crime de homicídio, desde já demonstramos o compromisso com a verdade e o intuito de colaborar com as investigações. Nunca é demais enfatizar, nos postulados anteriores encartamos extratos bancários do Sr. Aníbal, da Sra. Elenice e do Sr. José Vanderlei e comprovamos que não houve qualquer transferência de ativo financeiro – com exceção dos R$ 2.000,00 – para qualquer um dos réus na ação penal”, diz a defesa.
Por fim, a defesa de Aníbal Manoel Laurindo aponta que a tese de disputa por terra seria incabível, tendo em vista que na ação que possui e que tinha Roberto Zampieri como advogado da parte contrária, o empresário teria obtido sucesso. Foi destacado ainda que, caso o jurista fosse morto, os processos continuariam, o que faz com que a suspeita contra ele não tenha sentido algum.
“Certamente não há nos autos, nem mesmo uma pincelada de indícios que comprovam o envolvimento dos investigados na trama que culminou no ardil homicídio que restou como vítima o Dr. Roberto. É imperioso destacar que, os investigados, em especial o Sr. Aníbal e a Sra. Elenice, não experimentaram nenhum prejuízo nos aludidos processos, pois lograram êxito no deferimento do pedido de liminar no recurso de agravo de instrumento e continua na posse de seu bem. Nesta linha, não há o mínimo de motivos para acreditar que pessoas honestas, que contribuíram com o Estado e com a sociedade durante anos possam ter arquitetado um plano macabro para o cometimento do crime investigado nos autos do presente inquérito”, completa o pedido.
Foram indiciados pela Polícia Civil e estão presos o executor do assassinato, o pedreiro Antônio Gomes da Silva, de 57 anos, o intermediário Hedilerson Barbosa, de 53 anos, que é instrutor de tiros e o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini, de 68 anos, apontado como financiador do crime. Todos são moradores de cidades em Minas Gerais, foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e viraram réus numa ação penal que tramita sob sigilo na 12ª Vara Criminal de Cuiabá, sob o juiz Wladymir Perri.
Inicialmente, a empresária e farmacêutica, Maria Angélica Caixeta Gontijo, de 40 anos, chegou a ser presa e apontada como a suposta mandante do homicídio. No entanto, as investigações não confirmaram a participação dela no crime, tanto que ela sequer foi indiciada no primeiro inquérito instaurado pela DHPP.
João
Quinta-Feira, 14 de Março de 2024, 19h46Elias
Quinta-Feira, 14 de Março de 2024, 14h00Paulo Minozo
Quinta-Feira, 14 de Março de 2024, 10h37Felix moção
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 18h27Mark Pereira
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 18h06Douglas
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 16h55Ava Pocone
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 14h41Zé Loko
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 14h38Isaias Miranda - jesus meu tesouro !
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 14h09FABIO COSTA
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 13h33Enelson
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 13h17MARIA AUXILIADORA
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 13h11Gilberto
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 13h09Gilberto
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 13h08Jamil
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 11h36Antonio
Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 11h26