Cidades Terça-Feira, 27 de Julho de 2021, 17h:42 | Atualizado:

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OPERAÇÃO ZIRCÔNIA

Golpe do diploma faz Gaeco denunciar 18 membros de quadrilha em MT

Eles foram investigados por fraudes na emissão de diplomas e históricos escolares falsos

Da Redação

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Dezoito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), pelos crimes de constituição de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos. A denúncia, que possui 408 páginas, é resultado da Operação Zircônia, que apurou fraudes na emissão de diplomas e históricos escolares falsos emitidos por instituições de ensino superior.

A organização criminosa era  dividida em cinco grupos com a participação direta de 15 pessoas. No topo, como parte do bloco de liderança estavam o advogado Demilton Péricles de Araújo, apontado como sócio-proprietário e diretor jurídico das instituições, a professora e empresária Maria Madalena Carniello Delgado, o empresário Victor Hugo Carniello Delgado que se apresentava como “reitor” das faculdades envolvidas no esquema e Clenilson Cássio da Silva, que se intitulava sócio-proprietário das empresas utilizadas na prática dos crimes. Os líderes do esquema foram presos na 2ª fase da operação, deflagrada no dia 8 deste mês. 

De acordo com a denúncia, a investigação teve início em 2019 após representação protocolada pelo vice-reitor de um estabelecimento de ensino superior noticiando a ocorrência de diversos atos ilícitos envolvendo o nome da sua instituição. Na ocasião, o Gaeco foi informado de que alguns órgãos pertencentes à Administração Pública de Mato Grosso haviam questionado a autenticidade de documentos que supostamente teriam sido emitidos pela instituição de ensino denunciante.

Segundo o Gaeco, durante as investigações foi constatado que o grupo criminoso criou as instituições Polieduca, MC Educacional e Poliensino, que sequer eram devidamente credenciadas pelo Ministério da Educação, para cometimento reiterado de crimes de estelionato por meio do oferecimento, matrícula e realização de cursos superiores. As três unidades operavam no mesmo local, em Cuiabá.

“O foco de atuação dessas empresas era a oferta de cursos de nível superior, atrativos a eventuais interessados, uma vez que poderiam obter diploma de titulação de nível superior a ser utilizado para fins de pontuação em concursos públicos e/ou progressões de nível funcional junto a órgãos da Administração Pública”, revela a denúncia.

Conforme o Gaeco, embora admitissem alunos para cursos irregularmente oferecidos em seus nomes, ao final os alunos recebiam diplomas, históricos escolares e atestados de conclusão expedidos em nome de outras instituições, jamais frequentadas ou de conhecimento dos alunos, denominadas “parceiras”.

“Os cursos oferecidos pelas instituições utilizadas pela organização criminosa, dada a sua irregularidade, se tratavam, em verdade, de pseudocursos, montados para incutir e sustentar o engodo das suas atividades junto aos alunos que se matriculavam, os quais acreditavam que poderiam obter certificações superiores válidas, decorrentes da conclusão dos referidos cursos”, explicou o Gaeco.

ESTRUTURA – A organização criminosa, conforme apurado, era composta por três núcleos: o dos proprietários/responsáveis pelas três instituições utilizadas no esquema; o de apoio e o de captação fraudulenta de alunos e recebimento das correspondentes mensalidades.

Na denúncia, o Gaeco apresenta 87 fatos com depoimentos de alunos e descrição da conduta dos envolvidos. Foram denunciados Denilton Péricles Araújo, Maria Madalena Carniello, Victor Hugo Carniello Delgado, Clenilson Cassio da Silva, José Elivar Andrade, Walter Gonçalves da Silva, Terezinha de Lourdes Carniello, Solange Rodrigues Conceição, Ana Rita Viana Gomes, Elizabeth de Souza Freitas Pajanoti, Maria Socorro Carneiro Geraldes dos Reis, José Alves dos Reis Neto, Bárbara Monique Araújo, Gilberto Louzada de Matos, Nágila Carline Teixeira de Araújo, Marcos Diego de Almeida Gonçalves, Luana Cristina Araújo Delgado e Fabrício Fernando Senger Delgado.





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Comentários (1)

  • Raul ptralha

    Terça-Feira, 27 de Julho de 2021, 18h24
  • No começo da pandemia Bolsonaro tentou usar a verba do fundo partido no controle, tratamento do vírus mas todos os políticos congresso stf senado foram contras, hj o povo a míngua e os políticos querem aumentar a verba do fundo partido de 2 bilhões para 5 bilhões para roubarem o dinheiro a vontade enquanto o povo brasileiro se fode, para os mal informados e mal intencionados essa fila do ossinho já existia há muitos anos atrás, inclusive quando um partido político que é considerado uma organização criminosa saqueava o Brasil
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