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SEQUELAS

HMC faz mutirão de cirurgias plásticas para vítimas de queimaduras

Ação inédita visa beneficiar 20 pacientes da fila de espera do SUS

Da Redação

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O Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), por meio do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), realiza, nos dias 13 e 14 de junho, um grande mutirão de cirurgias plásticas reparadoras para pacientes com sequelas graves de queimaduras. A ação inédita visa beneficiar mais de 20 pacientes da fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando mais que tratamento médico: devolvendo autoestima, funcionalidade e esperança a pessoas que aguardavam, há anos, por uma nova chance de viver plenamente.

O projeto surgiu da urgência em atender uma demanda crescente no estado de Mato Grosso, onde acidentes domésticos e de trabalho são causas recorrentes de queimaduras graves. As sequelas resultantes afetam não apenas a aparência dos pacientes, mas também suas funções motoras, psicológicas e sociais.

“Sempre estamos operando casos agudos, que chegam todos os dias, e isso acaba inviabilizando o atendimento dos pacientes com sequelas, que ficam esperando. Muitos deles são crianças, adolescentes ou adultos que carregam essas marcas por anos. Por isso, pensamos nesse mutirão, aproveitando o mês de conscientização sobre queimaduras, o Junho Laranja”, explicou a Dra. Adriana Iveth Barón, cirurgiã plástica do CTQ e presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras – Regional Mato Grosso.

A triagem contemplou pacientes de todo o estado, incluindo casos que aguardavam há mais de uma década, como o de um jovem que sofreu queimaduras quando tinha apenas 1 ano de idade e, hoje, aos 16, ainda convive com as limitações causadas pelas lesões.

“Muitos pacientes nos procuram com queixas de retrações no pescoço, braços e face, que limitam seus movimentos, causam dor e dificultam até o convívio social. Com esse mutirão, vamos conseguir, finalmente, operar esses casos e dar a eles uma nova qualidade de vida”, destacou o Dr. Carlos Alberto Maranhão, cirurgião plástico responsável pelo CTQ do HMC.

O mutirão será possível graças a uma mobilização conjunta de forças locais e nacionais. A ação conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) e do próprio HMC, além de empresas privadas que doaram insumos, materiais cirúrgicos e alimentação para a equipe.

Participarão da jornada cinco residentes de cirurgia plástica do Rio de Janeiro, acompanhados de sua preceptora, a Dra. Irene Daher, convidados pela Dra. Adriana Barón. Cada residente acompanhará um cirurgião plástico durante os procedimentos. O hospital garantirá cinco salas cirúrgicas ativas no dia 14 de junho, com previsão de quatro cirurgias por sala (duas pela manhã e duas à tarde), totalizando 20 intervenções.

A abertura oficial do mutirão acontece no dia 13, no auditório do HMC, com a apresentação das equipes, discussão dos casos clínicos e presença de representantes da sociedade médica, como o presidente da SBCP – Regional Mato Grosso, Dr. Vidal, além da diretoria do hospital e acadêmicos de medicina e enfermagem.

Mais do que uma ação pontual, o mutirão representa um marco no cuidado com pacientes queimados no estado. Mato Grosso conta com apenas um centro de referência em queimaduras, localizado no HMC, que atende casos agudos e de longa espera, recebendo pacientes de todas as regiões.

“O CTQ do HMC é o único centro de queimados do estado com uma equipe completa de cirurgiões plásticos atuando todos os dias. Ainda assim, não conseguimos atender toda a demanda. Hoje mesmo demos alta para quatro pacientes e, enquanto conversamos, já estão ligando com novos casos. Isso mostra o quanto essas ações são urgentes e necessárias”, reforçou o Dr. Maranhão.

A expectativa é que essa iniciativa inspire outras regiões e se repita nos próximos anos, reduzindo a fila de espera e levando dignidade a quem tanto precisa.

“Essas pessoas não têm condições de arcar com cirurgias particulares. Para muitas delas, este mutirão é a única chance de voltar a trabalhar, estudar, viver com mais liberdade e menos dor. É por isso que estamos fazendo tudo com muito cuidado e responsabilidade”, finalizou a Dra. Adriana.





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