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APOSENTADORIA

Idosa com mesmo nome de morto briga na Justiça de MT

 

NATHAN GOULART e AMÉRICO NEPONUCENO
TV CENTRO AMÉRICA

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Em Cuiabá, a aposentada Laureci Silveira, de 86 anos, briga na Justiça para provar que está viva e voltar a receber a aposentadoria, que está pendente há 13 anos. Ela mora sozinha no Bairro Cohab São Gonçalo e, pela idade e direitos previdenciários, deveria estar recebendo aposentadoria.

Por um erro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dona Laureci é considerada uma pessoa homônima, ou seja, possui o mesmo nome e idade que uma outra pessoa que já morreu. Por causa disso, o sistema do INSS entendeu que ela está morta. "Eu não sabia! Eu tava morta e não sabia!", diz.

Na geladeira, a idosa mostra o que tem: manga e água. Devido aos problemas de saúde, ela não consegue mais trabalhar e quem paga as contas de casa é o filho e ela sobrevive com a ajuda de amigos que doam alimentos."Dependendo, um me dá pão, o outro me dá almoço, o meu filho paga a luz, compra as coisas pra mim, então assim que eu estou", diz.

Embora esteja viva e há mais de 10 anos sem o benefício, a idosa nunca conseguiu resolver o problema. A situação se tornou um desespero em 2011, quando dona Laureci foi ao banco sacar o benefício, como fazia todos os meses, e ficou sabendo que não havia nenhum valor disponível para ela. Por falta de conhecimento, ela foi embora e sequer procurou saber o que tinha acontecido.

"Fui no banco e falaram que estava constando que estava cortado e pensei: Sabe de uma coisa? Vou trabalhar! Naquela época eu ainda aguentava, mas depois que peguei chikungunya não aguentei mais”, conta.

Por meio de nota, o INSS respondeu sobre o caso e informou que em casos de homônimos, a situação pode ocasionar a suspensão do benefício da pessoa no sistema automatizado. Foi identificado que uma pessoa com o mesmo nome de Dona Laureci, que morava no Paraná, morreu. Assim, ela perdeu o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

"Casos de homônimos ocorrem quando duas pessoas possuem dados idênticos, como nome, nome da mãe, data de nascimento e naturalidade. Essas coincidências podem ocasionar equívocos em sistemas automatizados, como no caso recente da senhora Laureci Silveira", diz trecho da nota.

A advogada especialista em benefícios previdenciários Talissa Nunes de Souza, se interessou pelo caso de dona Laureci, e luta para restabelecer os direitos da idosa. Ela acredita que ainda este ano, dona Laureci volte a receber a aposentadoria.

“A gente vem buscando junto a Justiça e ao INSS restabelecer esse benefício para que a gente possa dar o mínimo de dignidade para essa senhora. A única coisa que infelizmente ela vai ter de prejuízo é que ela não consegue receber todo o período pela demora por falta de conhecimento por parte dela então ela só recebe dos últimos cinco anos”, explica.

Enquanto o problema não é resolvido, dona Laureci segue firme e cheia de esperança de um dia poder voltar a ter o mínimo de dignidade. "A gente tem fé, tem esperança e só agora eu estou meio assim, abatida. Não é bom viver dependendo dos outros e vocês estão vendo que eu não tenho nada!", conta.





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Comentários (1)

  • guaraná ralado

    Terça-Feira, 10 de Dezembro de 2024, 14h52
  • Devido a problemas de saúde ela não consegue mais trabalhar? 86 anos gente como assim trabalhar ?? Se eu fosse os índios quando encontrou com Pedro alvares Cabral tinha acabado com todos que pisaram em terra tupiniquins.
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