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TENTOU FUGIR EM 2018

Juiz nega pedido de soltura de líder do CV preso com 350kg de maconha

O magistrado apontou que o suspeito é reincidente

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), negou um pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa de José Edmilson Bezerra Filho, preso em abril com pouco mais de 350 quilos de maconha, além de munições. O magistrado apontou que o suspeito é reincidente, tendo sido inclusive protagonista de uma tentativa de fuga em uma unidade de saúde de Cuiabá, em 2018, que resultou em uma troca de tiros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

José Edmilson Bezerra Filho foi preso no dia 14 de abril, após ter sido detido em uma ação conjunta da Polícia Federal e de agentes da Força Tática, da Polícia Militar. Ele conduzia uma caminhonete Toyota Hilux, furtada e com placas adulteradas, quando recebeu ordem de parada, na BR 040, após os policiais desconfiarem do peso da carga, que parecia ser excessiva.

O suspeito não obedeceu a determinação e tentou fugir, mas acabou sendo alcançado posteriormente pelos agentes. Ao realizarem uma abordagem no veículo, os policiais encontraram 351,6 quilos de maconha e 50 munições calibre 38. A defesa afirmava que o suspeito não parou porque a ordem se deu em meio ao trânsito, sem nenhuma barreira.

Segundo a defesa, José Edmilson Bezerra Filho teria ficado com medo de ser baleado e continuou o percurso até sentir-se seguro para descer do automóvel. O suspeito alegou ainda que mesmo sem oferecer resistência, os policiais efetuaram disparos de arma de fogo, atingindo nos pneus e colocando sua vida em risco, tendo o agredido posteriormente com tapas.

Por fim, a defesa alegava que o suspeito possui predicados favoráveis, tais como residência fixa, emprego fixo, não possui interesse em fugir de compromissos com a Justiça e não agiu com violência ou grave ameaça. O juiz, no entanto, refutou a tese, apontando que os autos comprovaram que, na verdade, José Edmilson Bezerra Filho não teria obedecido a ordem de parada porque pretendia fugir dos agentes.

“Nesta toada, os elementos indiciários coletados neste momento demonstram provas da materialidade e indícios suficientes de autoria delitiva do crime. Portanto, neste juízo de cognição sumária, não há que falar em ilegalidade da abordagem policial no caso dos autos, quiçá, qualquer ilegalidade na prisão em flagrante delito do autuado. A prisão em flagrante da autuada se deu em contexto que demonstra o fumus comissi delicti de forma suficiente a lastrear o decreto de prisão”, diz a decisão.

Na decisão, o magistrado destacou ainda a gravidade dos fatos e do abalo a ordem pública, ressaltando também que José Edmilson Bezerra Filho é reincidente, com pena em execução, demonstrando que as medidas diversas da prisão, não seriam suficientes para impedir a atuação criminosa do suspeito, finalizando destacando a quantidade excessiva de drogas apreendida.

“Destarte, não sendo o caso de relaxamento da prisão, e presentes e contemporâneos os requisitos legais autorizadores do decreto da prisão preventiva, não há quaisquer novos elementos fáticos ou jurídicos que os alterem ou modifiquem, bastantes a fundamentar o relaxamento ou a revogação da prisão preventiva. Ex positis, persistindo os requisitos motivadores da custódia cautelar, consistentes na prova da existência do crime, indícios suficientes de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade da autuada, indefiro o pleito de relaxamento da prisão preventiva de Jose Edmilson Bezerra Filho”, aponta a decisão.

Tentativa de fuga em 2018

José Edmilson Bezerra Filho provocou um tiroteio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. A troca de tiros se deu em uma tentativa de resgate feita por integrantes da organização criminosa a qual ele faz parte. Ele é suspeito de ser um dos líderes do Comando Vermelho na região do bairro Cidade Verde, na capital.

O tiroteio deixou cinco pessoas feridas, entre elas um bebê de seis meses. Na ocasião, José Edmilson Bezerra Filho cumpria pena por homicídio no extinto Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) e foi levado à UPA após passar mal. Ele também possui passagem por tráfico de drogas e porte ilegal de armas.





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