O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou as prisões preventivas de de Emerson Ferreira Lima, Erisson Oliveira da Silveira e Michael Richard da Silva Almeida, alvos da Operação Apito Final, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em abril deste ano. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (9).

Michael Richard da Silva Almeida é apontado como “braço forte” de Paulo Witer Farias Paelo, o W.T, principal alvo da ação, tido como o 'tesoureiro' da facção Comando Vermelho em Cuiabá.  Já Emerson Ferreira Lima, é citado como forte aliado de W.T. e Erisson Oliveira da Silveira pertencia ao “círculo íntimo” do faccionado.

Para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, o grupo criminoso também teria realizado distribuição de cestas básicas para famílias carentes da Capital, assim como estaria promovendo a construção de um miniestádio. O esquema de lavagem de dinheiro chegou a movimentar R$ 65,9 milhões.

"Assim, fulcrando nas razões acima expostas e com arrimo no arts. 315 e 316, ambos do CPP, de ofício, regoga-se a prisão preventiva de Emerson Ferreira Lima, Erisson Oliveira da Silveira e Michael Richard da Silva Almeida, e, de conseguinte, fixa-se as seguintes medidas cautelares diversas da prisão", determinou o magistrado.

Entre as cautelares estão o comparecimento mensal em juízo para informar e justificar atividades; obrigação de manter endereços atualizados, proibição de sair de Cuiabá além de estarem proibidos de manter contato e realizar transações bancárias com os demais investigados. Por fim, Portela determinou que o trio seja monitorado por tornozeleira eletrônica pelo prazo de seis meses.

Operação Apito Final - Ao todo a operação emitiu 25 mandados de prisão, entre os suspeitos estavam advogados, familiares e até mesmo pré-candidatos ao cargo de vereador. Além das prisões, a operação também efetuou 29 buscas e apreensões, indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos alvos investigados.