A juíza Alethea Assunção Santos, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, determinou a retirada das tornozeleiras eletrônicas de Emerson Ferreira Lima e Erisson Oliveira da Silveira, alvos da Operação Apito Final, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em abril de 2024. Eles são suspeitos de atuarem em conjunto com Paulo Witer Farias Paelo, o W.T, principal alvo da ação e o 'tesoureiro' do Comando Vermelho em Cuiabá.
Emerson Ferreira Lima, é citado como forte aliado de W.T. e Erisson Oliveira da Silveira pertencia ao “círculo íntimo” do faccionado. Para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, o grupo criminoso também teria realizado distribuição de cestas básicas para famílias carentes da Capital, assim como estaria promovendo a construção de um miniestádio. O esquema de lavagem de dinheiro chegou a movimentar R$ 65,9 milhões.
Na decisão, a magistrada apontou que Emerson Ferreira Lima e Erisson Oliveira da Silva tiveram seus decretos de prisão preventiva revogados em dezembro de 2024 e que, à ocasião, foram determinadas várias medidas cautelares. Entre elas, estavam o comparecimento mensal em juízo, manter o endereço atualizado, proibição de se ausentar de Cuiabá e de manter contato e realizar transações bancárias com os demais investigados.
Por fim, também havia sido determinado o uso de tornozeleira eletrônica pelo prazo de 6 meses, com a possibilidade de prorrogação do período, caso fossem registrados incidentes de violação do uso ou a prática de novo delito. Como isso não ocorreu, a magistrada entendeu que a medida deveria ser revogada.
“Desta feita, considerando o decurso do prazo determinado para utilização do monitoramento eletrônico, inclusive, com a informação da Coordenadoria de Monitoramento Eletrônico de Pessoas de que não foram registradas violações por parte dos referidos réus, em consonância com o parecer ministerial, determino a retirada da tornozeleira eletrônica dos réus Emerson Ferreira Lima e Erisson Oliveira da Silva, qualificados nos autos. Intimem-se os acusados a comparecerem na Central de Monitoramento, no prazo de 24h, para retirada do equipamento”, diz a decisão.