Cidades Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 18h:45 | Atualizado:

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GUERRA

Juízes tiram "força do Estado" e mantém mercadinhos em presídios

Estabelecimentos comerciais chegam a dar R$ 70 mil de lucro mensal

Da Redação

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As unidades prisionais de quatro cidades de Mato Grosso continuarão com os "mercadinhos" funcionando, após decisões de juízes de primeira instância. Os magistrados de Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Cáceres, determinaram que os presídios destes municípios não irão cumprir a Lei Estadual 12.792/2025, que veta a operação destes estabelecimentos.

A iniciativa do Governo do Estado pelo fechamento dos “mercadinhos” das unidades prisionais tem causado controvérsia em Mato Grosso. Assim como a Defensoria Pública do Estado, o Poder Judiciário Estadual também é contra a iniciativa.

O primeiro magistrado a conceder uma liminar suspendendo a vigência da lei foi o juiz da Vara Especializada de Fazenda Pública de Sinop (501 Km de Cuiabá), Mirko Vincenzo Giannotte. Ele atendeu a um pedido da Defensoria Pública do Estado e manteve o funcionamento do “mercadinho” da penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), unidade com 1.171 presidiários.

O estabelecimento comercial interno da unidade prisional, segundo o magistrado, vai além do fornecimento de itens básicos de higiene aos presos que não seriam fornecidos pelo Estado.

O juiz da comarca de Sorriso, Anderson Candiotto, também teve entendimento semelhante e mandou reabrir o mercado na cadeia pública da cidade. Outra decisão se deu na Primeira Vara de Cáceres e foi prolatada pelo juiz José Eduardo Mariano, em uma ação também movida pela Defensoria Pública. No despacho, o magistrado apontou que a ausência do mercadinho vem gerando grande insatisfação e dificuldades significativas às pessoas privativas de liberdade.

O magistrado relatou que os produtos fornecidos pelo Estado são de baixa qualidade e não duram sequer a metade do período mensal até a nova distribuição. O juiz Ricardo Frazon Menegucci, da Primeira Vara Criminal de Tangará da Serra, também concedeu liminar suspendendo a vigência da legislação na cidade. “A proporcionalidade do pedido está presente, uma vez que a ausência do mercadinho vem acarretando prejuízos concretos aos internos, comprometendo a higiene pessoal, a limpeza das celas e a própria alimentar, conforme constatado na última inspeção realizada na unidade prisional. Direto ao ponto, a falta de acesso a produtos básicos tem impacto direto na dignidade dos reclusos e na manutenção da ordem dentro do estabelecimento penal. A impossibilidade de adquirir itens essenciais agrava as condições já precárias enfrentadas pelos internos, situação que se vê potencializada diante da insuficiência do fornecimento estatal”, apontou.





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Comentários (11)

  • Júnior

    Sábado, 15 de Fevereiro de 2025, 08h13
  • Para que legislativo? Para qie votos? Para que governo? Vamos deixar tudo por conta do Judiciário, lei é conforme o interesse deles.
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  • walter liz

    Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2025, 08h27
  • vamos virar uma Colombia de Pablo Escobar, do jeito que nosso " Judiciario" esta agindo isso é inevitavel
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  • Cuiabano

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 23h32
  • Judiciario MT vive numa bolha. Quando nao é auxilio Peru de 10 mil pros funcionarios, é mercadinho pros presos. Estamos virando.motivo de piada no país.
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  • Analista Político

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 23h28
  • Por isso hoje em dia nao tem mais fugas. Os bandidos saem pela porta da frente. Andre do Rap ta ai pra nao mentir. O poder judiciario julga, legisla e executa. Nao adianta o legislativo aprovar a lei e o Executivo por em pratica.
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  • César

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 21h39
  • Só as cidades onde mais as facções são atuantes e acontece o maior número de crimes. Será que os juízes estão com algum tipo de medo?
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  • Cidadão de bem

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 20h40
  • Percebo que os órgãos de segurança pública, buscam sempre entregar um bom resultado, até onde lhes cabem. Uns remam para defender o cidadão de bem que não cometeu crime, trabalham dignamente para manter sua família, "OUTROS" tomam decisões sempre para favorecer o lado oposto. Não tão distante tenham certeza Mato Grosso irá virar um Rio de Janeiro!!!
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  • Vergonha nacional

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 20h40
  • Olha so, pra que leis entao, sera que essa lei e inconstitucional....? Pra esses que se acham deuses manter esses mercados....? Governador o judiciario esta mandando e desmandando no brasil, somente com uma mudanca radical no judiciario que veremos paz....o judiciario ja mostrou pra que lado joga assim como essa porcaria de defensoria publica....so gasto e gasto e mais nada....judiciairo legislando no brasil.....kkkkkkkkkkk
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  • Antônio

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 20h16
  • Chego a pensar que o crime organizado está impregnado no poder judiciário... Será que o poder judiciário é tão corrupto o quanto demonstra??
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  • Valdiley

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 19h50
  • Quando o judiciário começa a legislar, libera o executivo a aplicar a reciprocidade em suas determinações, ou seja, caga e andar.
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  • Daniel

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 18h59
  • Hoje quem manda no Brasil é o judiciário, elegemos Presidente, Governadores, Prefeitos, mas quem decide é o judiciário.
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  • Batman

    Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2025, 18h52
  • Justamente nas cidades (sinop e sorriso), onde as facções tomaram conta, os juízes não querem acabar com os mercadinhos. Que coincidência né?
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