A juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara Criminal de Peixoto de Azevedo (670 km de Cuiabá), revogou a prisão preventiva do mecânico Márcio Ferreira Gonçalves, de 45 anos, e o colocou em liberdade provisória, na noite desta segunda-feira (6). Ele era suspeito de ter participado do assassinato de dois idosos e na tentativa de homicídio de um padre, que ocorreu em uma casa no município no dia 21 de abril.
Conforme a Polícia Civil, Márcio teria dado apoio à ação criminosa, que foi flagrada por câmeras de segurança. Márcio é marido da empresária Inês Gemilaki, de 48 anos, principal investigada no caso, que foi presa junto de seu filho, o médico Bruno Gemilaki, de 28 anos.
Os dois invadiram uma residência, em 21 de abril e a tiros mataram os idosos Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 Rui anos, além de deixarem o padre José Roberto, de 45 anos, ferido junto com uma quarta vítima, Erneci Afonso Lavall. Contudo, a defesa de Márcio ingressou com o pedido de revogação da prisão preventiva do suspeito sob a alegação de que “ocorreu um erro de identificação pela polícia”, já que Márcio teria sido confundido com seu irmão Éder Gonçalves Rodrigues.
A defesa sustentou que nas imagens registradas não havia uma quarta pessoa envolvida no delito, mas apenas três, sendo Inês, Bruno e Éder Gonçalves Rodrigues. O argumento foi acatado pela juíza. “Ante o exposto, revogo a prisão preventiva de Márcio Ferreira Gonçalves para conceder-lhe a liberdade provisória. Assim, expeça-se alvará de soltura do réu devidamente qualificado nos autos em epígrafe, oficiando-se ao ilustre Diretor da Cadeia Pública competente para que a coloque incontinenti em liberdade, se por outro motivo não estiver preso”, determinou a magistrada.
Ainda na segunda-feira, o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Peixoto de Azevedo, denunciou Inês Gemilaki, Bruno Gemilaki, e o cunhado dela, o operador de máquinas Eder Gonçalves Rodrigues, de 40 anos, por quatro homicídios qualificados, sendo dois consumados e dois tentados por motivo fútil e utilizando-se de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
O órgão ministerial deixou de denunciar o trio por associação, pois, conforme o promotor de Justiça Alvaro Padilha de Oliveira, “não restou configurado, até o momento, que os denunciados se associaram de maneira permanente e estável para a prática criminosa”. Também deixou de denunciar o indiciado Márcio Ferreira Gonçalves, companheiro de Inês sob o argumento de que ele não estava presente no momento da execução.
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