O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, determinou o desbloqueio de uma estância rural, localizada em Acorizal (62 Km de Cuiabá), alvo da Operação Mandatário, realizada contra a facção criminosa “Comando Vermelho”. A decisão foi publicada na última terça-feira (7).
De acordo com informações do processo, a ordem de bloqueio expedida pelo Poder Judiciário teve como alvo uma área específica da “Estância Pena Branca”, em Acorizal, de 20.683 m², denominada “lote 30”.
O imóvel rural está registrado num cartório de Cuiabá, que acabou registrando o bloqueio sobre toda a área. Uma pessoa identificada como Alfredo Elemar Schussler requereu o fim da restrição. Os autos não são claros sobre a relação dele com a Estância Pena Branca - se ele seria o proprietário da propriedade, por exemplo.
Na decisão o juiz concordou com o fim da restrição, também recomendada em parecer do Ministério Público do Estado (MPMT). Jean Garcia de Freitas Bezerra adiantou, porém, que caso não seja possível determinar o bloqueio somente em relação aos 20.683 m², o cartório do 5º serviço notarial e registro de imóveis da 2º circunscrição imobiliária de Cuiabá, onde a estância esta registrada, deverá detalhar a “situação” do bem.
“Frise-se que a averbação do sequestro deve recair somente sobre o lote 30, a ser desmembrado da Estância Pena Branca. Na eventualidade de não ser possível restringir a averbação ao Lote 30, a exemplo da necessidade de desmembramento, etc., deverá o cartório detalhar a situação e as diligências necessárias para o atendimento da decisão”, determinou o magistrado.
A Operação Mandatário prendeu a personal trainer Mayara Bruno Soares Trombim, suspeita de fazer parte do “Comando Vermelho”, no ano de 2022. Ela era sócia de duas empresas - MB Soares Eireli e MB Soares Confecções -, que teriam movimentado R$ 10 milhões. As organizações, porém, não possuem funcionários, nem sede física.
Os R$ 10 milhões atribuídos às empresas são os recursos que o próprio núcleo do Comando Vermelho, revelado na operação “Mandatário”, teria movimentado. Mayara Bruno Soares Trombim contou em depoimento que possui uma renda média mensal de apenas R$ 3 mil.
A mesma quadrilha, segundo as investigações, também possui como membros Luelson Leandro Curvo e Filipe Antônio Bruschi, o “Loirão”, ambos apontados como lideranças com o papel de “contadores” da facção. Todos eles seriam subordinados a Jonas Souza Gonçalves, o “Batman”.
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