Na decisão que converteu as prisões em flagrante por preventiva de Taiza Tosatt Eleoterio Ratola e Wander Aguilera Almeida, o juiz Mirko Vincenzo Giannotte, da comarca de Sinop, destacou o perigo gerado pelo casal caso fosse colocado em liberdade apenas com medidas cautelares. Taiza é empresária é dona da DT Investimentos e foi presa na Operação Cleópatra que investiga um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízo a dezenas de vítimas em Cuiabá.
Taiza foi presa juntamente com o atual companheiro, Wander Aguilera, no Aeroporto de Sinop na última quinta-feira (31). A dupla foi levada até a residência e, no local, foram encontrados munições de arma de fogo, anabolizantes, jóias, celulares e cheques que somados chegam ao valor de R$ 419 mil.
A defesa do casal pediu o relaxamento da prisão, argumentando excesso de prazo na realização da audiência de custódia. O Ministério Público, por sua vez, manifestou-se pelo indeferimento do pedido da defesa, apontando que a dilação temporal decorreu do declínio de competência da Justiça Federal para a Justiça Estadual.
Ao analisar o caso, o magistrado destacou o perigo em manter o casal em liberdade tendo em vista a gravidade das condutas imputadas aos indiciados como antecedentes criminais, potencial lesivo das substâncias à saúde pública; periculosidade evidenciada pela posse de munições restritas e a probabilidade concreta de reiteração do crime. "Por certo, sua manutenção em liberdade seria um risco concreto à prática de crimes, estando, portanto, presente nos autos a presença do requisito subjetivo, que no caso em tela, consiste na garantia da ordem pública (CPP, art. 312), a fim de assegurar que os acusados não se envolvam no cometimento de novos crimes", explicou.
Ainda conforme o juiz, outras medidas cautelares diversas seriam inadequadas e insuficientes. "Vislumbrando a necessidade da custódia cautelar para a garantia da ordem pública e diante do perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado, converto a prisão em flagrante de Tosatt Eleoterio Ratola e Wander Aguilera Almeida, em prisão preventiva, servindo cópia da presente como mandado de prisão", determinou.
Zé Loko
Segunda-Feira, 04 de Novembro de 2024, 13h01